Em 2015, houve diminuição nos números

Dados divulgados no 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam que é a Capital brasileira com maior crescimento na taxa de assassinatos, no comparativo aos anos de 2013 e 2014. Já São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza – que teve o maior índice de assassinatos em 2014, com 1.989 casos – tiveram queda significativa em comparação ao ano anterior.

De acordo com os dados divulgados no anuário, em Campo Grande a taxa passou de 13,8 assassinatos por 100 habitantes, em 2013, para 18,9 em 2014. Ou seja, 159 casos na Capital em 2014 e 115 em 2013, apontando aumento de 44 mortes por ano. Foram aproximadamente 13 mortes por mês no último ano, contra 10 homicídios dolosos registrados mensalmente em 2013.

Porém, de janeiro até setembro de 2015, foram registrados 77 assassinatos na Capital, índice significativamente menor que o mesmo período de 2014, em que 110 pessoas foram vítimas de doloso, quando há intenção de morte. A delegada Sidnéia Catarina Tobias, diretora do Departamento de Polícia da Capital, atribui a diminuição ao trabalho conjunto das polícias e também da GCM (Guarda Civil Municipal) que passaram a ser realizados em Campo Grande.

Segundo a delegada, que assumiu o cargo em 2015, a queda no número de homicídios em 2015, em relação a 2014, pode ser atribuída ao trabalho realizado nas delegacias da capital. “Fazemos um trabalho incessante nessa questão. São operações constantes de vigilância, por busca de armas e drogas”, diz.

A diretora ainda revela que houve aumento no esclarecimento dos crimes de homicídio na cidade. “Tivemos um índice de elucidação de homicídios maior em relação a 2014. O SIG (Setor de Investigações Gerais) vai ao local do crime junto com o delegado e já inicia as investigações”, comenta Sidnéia. Ela ainda afirma que o SIG não para a investigação quando o caso é encaminhado para as delegacias, o que favorece o esclarecimento dos homicídios.

Além disso, a delegada também conta que há constante trabalho para conscientizar a população. “Buscamos mostrar que a população pode confiar na polícia. Queremos a população cada vez mais ligada aos policiais, para que eles possam nos ajudar com informações, mesmo que anônimas e, desta forma, possamos retribuir com a segurança”, finaliza Sidnéia.