Bíblia queimada teria motivado briga e morte de jovem carbonizado

As brigas teriam começado por desentendimento religioso

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As brigas teriam começado por desentendimento religioso

Marcos Vinícius de Oliveira, de 20 anos, teria sido morto a facadas e carbonizado por causa de discussões religiosas. A afirmação foi feita pela irmã e por amigos da vítima, que se reuniram na casa dele na manhã desta quinta-feira (13). Eles lamentam a morte do jovem e afirmam que ele era muito querido por moradores do Bosque Santa Mônica.

A irmã da vítima, uma adolescente de 15 anos, contou para a equipe de reportagem do Jornal Midiamax que não acredita na versão contada pela jovem de 14 anos apreendida depois de confessar o crime. “Os acusados usaram essa menina, só depois que ela descobriu o crime ela falou que sofreu tentativa de estupro”, conta.

Amigos e familiares de Marcos Vinícius afirmam que o fato é mentira e que a adolescente foi usada como isca para atraí-lo, mas que o rapaz não teria tentado praticar nenhum ato sexual com ela. “Ele já tinha uma rixa com os meninos, porque eles eram góticos e tiveram uma briga“, afirma a irmã da vítima.

Briga religiosa

A irmã de Marcos Vinícius e amigos dele afirmam que ele era amigo dos adolescentes de 15 anos, que confessaram ter cometido o crime no domingo (9). A informação é de que os jovens teriam adotado um estilo “gótico” e, certo dia, queimaram uma Bíblia na frente de Marcos, fato que enfureceu o rapaz. Os três discutiram e, desde então, não teriam se falado mais.

Emboscada

A informação passada pela irmã da vítima para o Jornal Midiamax é de que no domingo, os adolescentes teriam chamado Marcos para ir até um bar. A adolescente de 14 anos foi junto e foi usada como “isca” para atrair o rapaz, que foi morto a facadas e teve o corpo carbonizado.

Amigos da vítima dizem acreditar que os adolescentes não agiram sozinhos. “Tem mais envolvidos, porque dois meninos de 15 anos e uma menina de 14 anos não iam conseguir arrastar Marcos do bar até onde ele foi encontrado morto”, afirmam. Ainda para os amigos, os adolescentes só confessaram o crime e assumiram a culpa por terem menos de 18 anos.

Ameaças

Os amigos e a irmã da vítima afirmam que não estão ameaçando os familiares dos suspeitos. “Minha mãe está bem abalada e não sabe o que fazer”, diz a irmã de Marcos. Ainda de acordo com ela, o irmão usava drogas, mas nunca tinha roubado e nem mexia com outras pessoas. Ela também afirma que todos os moradores do Bosque Santa Mônica gostavam dele.

Para os amigos da vítima, qualquer pessoa pode ter incendiado a casa de um dos adolescentes de 15 anos, fato que ocorreu na madrugada desta quinta-feira (13). “Ele tinha muitos amigos, então todas as pessoas do bairro estão revoltadas, mas nem a família nem nós estamos ameaçando ninguém”, contam.

Um amigo de infância da vítima, de 23 anos, que trabalha como vendedor de salgados, reforça que a adolescente está mentindo. “Eu conheço o Marcos desde criança, fomos criados juntos. Ela está mentindo falando da tentativa de estupro. Essa menina já saiu com todos os meninos do bairro e não tem namorado. Ela deu uma versão falsa, todos conhecem o Marcos e sabem que ele não seria capaz de fazer isso”, revela o rapaz.

Para o jovem, a polícia deve pressionar a adolescente, para que ela conte a verdade sobre os fatos. O caso segue em investigação pela Deaij (Delegacia Especializada no Atendimento à Infância e Juventude), pela delegada Aline Sinotti.