Armas ilegais vendidas por policiais em MS podem ter chegado até o exterior

Operação Pampa foi deflagrada nesta quinta-feira (3)

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Operação Pampa foi deflagrada nesta quinta-feira (3)

Na manhã desta quinta-feira (3), dez pessoas foram detidas pela Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, cinco policiais militares e cinco empresários, três homens e duas mulheres. Eles são investigados por venda ilegal de armas e munições e a operação, denominada Operação Pampa, é feita na Capital e em São Gabriel do Oeste.

De acordo com o corregedor geral da Polícia Militar, coronel Washington Geraldo Francisco de Oliveira, policiais civis também serão ouvidos sobre o caso. Em Campo Grande, um sargento da PM foi detido na casa onde mora, no Conjunto Residencial Estrela do Sul. Na residência, foram encontradas e apreendias quatro armas de fogo, mas todas têm registro da polícia e estão regulares.

Porém, a polícia conseguiu localizar várias munições calibre 762, específicas para fuzil, armamento de guerra. Também foram encontradas munições de outros calibres, não especificadas pela Corregedoria da PM. Ainda segundo a polícia, o sargento é ouvido e, apesar de morar na Capital, prestava serviços em outro município.

A princípio, a informação é de que um dos quatro policiais detido em São Gabriel do Oeste seria o comandante da PM do município. Até agora, nenhuma arma irregular foi apreendida, mas as buscas continuam e, segundo o coronel Washington Geraldo, militares de outras cidades podem estar envolvidos no caso.

Operação Pampa

Segundo a Polícia Militar, as denúncias do caso chegaram na Corregedoria a aproximadamente 50 dias, quando tiveram início as investigações e foram abertos os inquéritos, que resultaram nos mandados de busca e apreensão.

O corregedor acredita que as armas eram vendidas irregularmente para compradores no Rio de Janeiro, São Paulo e até mesmo no exterior. De acordo com a polícia, o grupo de militares comprava diretamente as armas ou interceptava o produto, que acredita-se ser proveniente do Paraguai, e fazia a venda.

A investigação agora é voltada para a identificação dos compradores. Segundo o coronel Washington, o crime é inafiançável e, se os policiais forem responsabilizados, serão encaminhados ao Presídio Militar e podem ser excluídos da corporação.

A Operação Pampa recebeu este nome porque grande parte da população de São Gabriel do Oeste é de origem gaúcha. Atuaram na ação, nesta quinta-feira, 25 policiais na Capital e no interior.

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