Após roubar e estuprar dona de veículo, quadrilha que usava crianças é presa

Na casa dos integrantes polícia encontrou ‘trabalhos de magia’

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Na casa dos integrantes polícia encontrou ‘trabalhos de magia’

Uma quadrilha composta por sete pessoas foi presa na manhã desta segunda-feira (14), pela equipe do Sig (Setor de Investigação Geral), com apoio da Policia Militar, da PRF (Policia Rodoviária Federal), que roubava camionetes em Campo Grande e vendia os veículos no Paraguai.

Fábio Alves da Silva, de 34 anos, comandava a quadrilha composta por Thiago da Silva Robalto, de 24 anos, Naime da Silva Robalto, de 20 anos, Elisabeth Cristina Carvalho, de 45 anos, mulher de Fábio, além de José Carvalho da Silva Robalto, de 22 anos, Mário Weslley Souza Moreira, de 22 anos e Carlos Alexandre Brasil Izidoro, de 29 anos.

De acordo com o delegado Cleverson Alves dos Santos, há dois meses os policiais vêm trabalhando para a identificação da quadrilha, “Com o aumento dos roubos de veículos começamos a monitorar para a identificação dos assaltantes”. O delegado ainda disse que os integrantes fazem parte de uma facção criminosa e que são praticantes de magia negra, “Na residência do Fábio foi encontrado um ritual de magia negra”, afirma.

O último roubo praticado foi na sexta-feira (11), quando uma mulher foi assaltada e teve uma camionete roubada por dois integrantes da quadrilha. Eles ainda abusaram da vítima, que estava na companhia de uma criança. “Falavam a todo momento que não sabiam se iriam me matar ou que poderiam fazer comigo”, contou a vítima.

“Nos torturaram psicologicamente, eu e meu filho não conseguimos mais dormir. Todos estão apavorados em casa, mas graças a Deus não aconteceu nada pior, por causa do meu filho”, explica. Ela ainda afirma que vai vender a camionete, recuperada pela polícia. “Não vou conseguir mais entrar no veículo”. A mulher e o filho foram abandonados em um terreno na Avenida Tamandaré.

O veículo da vítima foi localizado em Sidrolândia, após um amigo da família cruzar com o veículo, e perceber que um homem o conduzia. Ao entrar em contato com a mãe da dona, foi informado do roubo e começou o acompanhamento do veículo, que dirigiu-se até a saída de Sidrolândia avisando os policiais que prenderam Carlos Alexandre chegando depois no restante da quadrilha.

Entenda como a quadrilha agia

Segundo informações do delegado Cleverson Alves, as vítimas eram abordadas sempre por dois integrantes, que o faziam nas residências ou em vias públicas. Segundo a polícia, o chefe da quadrilha, Fábio, era o mais violento e torturava psicologicamente as vítimas.

Depois da abordagem, as vítimas eram abandonadas e o veículo ficava ‘esfriando’ por dois dias na casa de outro integrante da quadrilha, e só depois era levado para o Paraguai. Carlos Alexandre Brasil Izidoro, era encarregado de levar os veículos. Para despistar abordagens policiais, a quadrilha usava crianças nas viagens.

No caso da camionete, Carlos foi apreendido em um posto policial da PRF na cidade de Sidrolândia, em companhia do enteado de 10 anos. Outra criança, de 6 anos, foi encontrada na casa de um dos integrantes da quadrilha, que também era usada para despistar os policiais.

Na casa do chefe da quadrilha foram apreendidos 10 celulares, 2 Gps, uma carteira, além de duas armas, sendo uma de uso restrito 9mm, e uma 380, também foi apreendida uma PAjero preta, com placas de São Paulo. Os integrantes foram autuados por receptação, associação criminosa, porte de armamento restrito, restrição de liberdade, roubo majorado e estupro.

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