O guarda foi preso nesta segunda-feira

Depois comparecer à 5ª Delegacia de Polícia Civil de e ser preso na noite desta segunda-feira (5), o guarda civil municipal Fábio Augusto da Silva Souza alegou que o tiro que matou Felipe Cardoso da Silva, de 23 anos, foi acidental. O caso aconteceu durante uma confusão em um bar no Conjunto Aero Rancho no dia 1º de outubro.

Conforme o delegado João Belo Reis, responsável pela investigação, na manhã desta terça-feira (6) Fábio foi ouvido e narrou sua versão dos fatos que resultaram na morte de Silva. Segundo ele, na noite do crime ele estava de folga e fazia aniversário, por isso passou em um bar e comprou cinco latas de cerveja.

Neste tempo, o guarda tentava resolver uma pendência com um colega de trabalho e decidiu ir até a sede do Cras (Centro de Referência de Assistência Social) para terminar o assunto. Da base da GCM (Guarda Civil Municipal) Fábio alega que foi até um posto de combustível, acompanhado de um colega, mas como o local estava fechado, eles voltaram e no caminho pararam para comprar mais cerveja já que, segundo ele, o preço estava baixo.

Foi no bar, localizado no Jardim Los Angeles, que aconteceu a primeira parte da briga. Segundo o delegado, o guarda lembra que assim que estacionou um homem desconhecido, que estava visivelmente embriagado, entrou na frente do carro, bateu no capô e perguntou se ele estava louco.

Os dois tiveram um pequeno desentendimento, e o suspeito de homicídio entrou no bar para comprar as bebidas, mas na saída foi surpreendido por um grupo de oito pessoas, que o agrediram. “O Fábio apresenta algumas lesões no braço e no joelho. Ele vai ser encaminhado para fazer exame de corpo de delito para comprovar se ele foi agredido”, afirma o Delegado Reis.

Após a briga, o guarda voltou ao Cras e convenceu o colega Emerson Pecorari da Silva, de 32 anos, a voltar ao bar, desta vez armado com uma pistola 380. De acordo com o delgado, Emerson foi dirigindo e assim que parou na conveniência Fábio desceu do veículo já com arma em punho.

“Ele conta que quando as pessoas viram a pistola saíram correndo. O Felipe, que estava sentado no meio-fio, fez menção de levantar para o lado dele, neste momento, como estava nervoso, ele bateu com a arma na lateral da cabeça da vítima e aí a arma disparou acidentalmente”, relata Reis.

A dupla de guardas voltou para o Cras e Emerson escondeu a arma. Só depois que foi preso e encaminhado para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) confessou onde havia escondido a pistola. Emerson não possuía autorização para porte de arma, mas conseguiu a liberdade provisória na sexta-feira (3), mesmo dia que o juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri decretou a prisão preventiva de Fábio.

Agora, segundo o delegado, o suspeito será encaminhado à Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) e as investigações continuam a fim de comprovar ou desmentir a versão apresentado pelo guarda.

“A prisão dele é apenas uma parte das investigações. Estou esperando o laudo para ver quantas perfurações foram encontradas na vítima e também o trajeto que a bala fez. Também vamos ouvir mais testemunhas do fato”, conclui o delegado.