Presos conseguem ser mais econômicos que governo em reforma de escolas na Capital
Internos do regime semi-aberto de Campo Grande estão conseguindo ser mais econômicos que o governo estadual na hora de executar uma obra. Até agora, duas escolas da Capital foram reformadas, enquanto pedidos aguardam para serem atendidos. Quem conta estes e outros detalhes do projeto “Pintando a Educação com liberdade” é o diretor da Colônia Penal […]
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Internos do regime semi-aberto de Campo Grande estão conseguindo ser mais econômicos que o governo estadual na hora de executar uma obra. Até agora, duas escolas da Capital foram reformadas, enquanto pedidos aguardam para serem atendidos.
Quem conta estes e outros detalhes do projeto “Pintando a Educação com liberdade” é o diretor da Colônia Penal Agroindustrial da Gameleira, Tarlei Cândido Barbosa. Segundo ele, a proposta foi instituída pela 2ª Vara de Execução Penal de Campo Grande, chamando atenção de dirigentes de sistemas prisionais de várias partes do Brasil.
Barbosa explica que cada interno destina 10% do que recebe para a compra de material. Depois, eles mesmos atuam na reforma, recebendo em troca um dia de remissão de pena para cada três trabalhados.
A última escola reformada foi a Professora Brasilina Ferraz Mantero, no Jardim Leblon, entregue em 1º de setembro pelo governo estadual. Pais e alunos reclamaram do resultado do trabalho, opiniões que, na opinião de Barbosa, não refletem a realidade.
Na reforma da escola do Jardim Leblon foram gastos R$ 53 mil em materiais. Se feita pelos trâmites convencionais (abertura de licitação, etc), a obra custaria em torno de R$ 400 mil.
Ao todo, 13 internos trabalharam no projeto, que incluiu troca da fiação elétrica, colocação de forros, pintura e outros reparos nas salas de aula, setores operacionais e administrativos. “A cozinha estava interditada, foi feito tudo novo”, garante o chefe da colônia penal.
A reclamação sobre a obra foi por conta da falta de reparo na quadra esportiva. Barbosa, no entanto, explica que esta parte da escola não foi incluída no projeto por estar em andamento licitação para a substituição da estrutura atual por um ginásio coberto.
Segundo o diretor da colônia, a próxima escola a ser reformada é no Conjunto Bonança. “Já tem pedidos de outros diretores”, comemora Barbosa.
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