Cerca de 60 policias federais realizaram na manhã desta terça-feira (8) uma manifestação em frente à sede da Polícia Federal, em Campo Grande. O protesto, organizado pelo Sindicato dos Policiais Federais em Mato Grosso do Sul (Sinpef/MS), visa o cumprimento da lei 9.266, que discorre sobre cargos de nível superior da Polícia Federal.

A paralisação, realizada em todos os Estados do Brasil, questiona o salário que, segundo eles, é desproporcional à função que exercem. Os servidores reclamam que a complexidade da atividade exercida, no caso do cargo de papiloscopista é compatível com funções de cargos de nível superior. Porém, em contrapartida, recebem salários referentes a cargos de nível médio.

De acordo com Jorge Luis Caldas, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Estado, também há insatisfação pelo não cumprimento de legislação que trata de servidores que trabalham em regiões de fronteira. Segundo Jorge, mesmo a lei tendo sida aprovada em setembro de 2013, ainda não foi regulamentada. Os servidores também contestam o atual salário que não é reajustado há seis anos.

Ainda de acordo com o presidente, a questão já é tratada como sucateamento da Polícia Federal, uma vez que há cinco anos os servidores reivindicam questões nos âmbitos institucional – com relação a estrutura para operações e aumento de salários – e funcional, ligada à questão de trabalho.

Para Jorge, o intuito dos protestos é garantir uma polícia forte e autônoma, que possa cumprir com seus deveres. “A quem interessa uma Policia Federal desmotivada e sucateada? Só a um governo corrupto”, apontou.

A manifestação ocorrida na manhã desta terça-feira seguiu o calendário nacional. Segundo Jorge, caso o governo federal não atenda as demandas solicitadas, os policiais devem entrar em greve durante a Copa do Mundo, que será realizada em junho no Brasil.