Policiais federais de MS usam nariz de palhaço e amarram as mãos em protesto pela carreira

Policiais Federais de todo o Brasil fazem protestos e paralisam suas atividades nesta quarta-feira (23). Em Campo Grande, os policiais sindicalizados estarão reunidos em assembleia geral no Sindicato dos Policiais Federais para discutir os problemas do cargo. De acordo com o presidente do sindicato, Jorge Caldas, a reivindicação é pela reestruturação da carreira, melhoria da […]

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Policiais Federais de todo o Brasil fazem protestos e paralisam suas atividades nesta quarta-feira (23). Em Campo Grande, os policiais sindicalizados estarão reunidos em assembleia geral no Sindicato dos Policiais Federais para discutir os problemas do cargo.

De acordo com o presidente do sindicato, Jorge Caldas, a reivindicação é pela reestruturação da carreira, melhoria da infraestrutura e pelo direito de protesto por parte dos policiais. “A quem interessa a apresentação de uma PF dessa forma? Sucateada, sem infraestrutura e condições de trabalho, com efetivo pequeno. Sem investimento orçamentário.”, disse Caldas.

Para o presidente, os problemas vão além da falta de preocupação dos governantes com a categoria. Segundo ele, a questão de segurança pública no Brasil é deixada de lado e a população deve ser alertada para tal problema.

Para Caldas, a Polícia Federal tem infraestrutura mínima para operar. “Mais de 50 mil pessoas são assassinadas por ano no Brasil e menos de 10% dos casos são investigados com sucesso.”, declarou o presidente do sindicato.

Em Dourados, distante 226 quilômetros da Capital, os policiais estão em frente à delegacia, com faixas, amordaçados, usando nariz de palhaço e com as mãos pintadas de vermelho, representando o sangue de outros colegas de trabalho mortos em serviço.

A partir das 16 horas, os Policiais Federais sindicalizados de Campo Grande se reunirão no diretório estadual do PT (Partido dos Trabalhadores), entregando um ofício ao sindicato, pedindo apoio ao partido para deliberar novos rumos à PF.

Há especulação ainda por parte dos policiais de greve uma semana antes da Copa do Mundo, que deve ser decidida no decorrer da paralisação de hoje.

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