Polícia vasculha hospitais e identifica mais um palmeirense atropelado

A Policia Civil de São Paulo conseguiu identificar nesta terça-feira (21) mais um torcedor atropelado no incidente do último domingo, na rodovia Anchieta, horas antes da partida entre Palmeiras e Santos. Em vasculha por hospitais da região metropolitana, a investigação encontrou um palmeirense internado em uma unidade clínica de Heliópolis.

A investigação do 2º Distrito Policial de São Bernardo do Campo ainda busca mais torcedores envolvidos, que eventualmente ainda estejam internados. Os policiais têm investigado registros de internação e cruzando com perfis considerados suspeitos, como homens com tatuagens ou roupas que façam alusão a torcidas organizadas.

A polícia ainda espera a apresentação de André Maceno Apocalipse, identificado como torcedor do Santos que teria atropelado um dos grupos de palmeirense. O membro da Torcida Jovem, de 27 anos, estava no volante do Audi A3 que perdeu parte do para-choques no incidente. Este teria sido o veículo que atropelou e matou o palmeirense Leonardo da Mata Santos.

O incidente de domingo aconteceu quando dois ônibus com torcedores do Santos subiam a serra sem escolta policial. O comboio foi surpreendido pelos rivais armados com cabos de enxadas, rojões e facas – cerca de 150 palmeirenses na pista, segundo a polícia. Dois carros de santistas acompanhavam os ônibus e houve o atropelamento que causou a morte de Leonardo da Mata Santos.

A briga e o resgaste do torcedor morto provocou a interdição da pista central da Anchieta, das 12h30 às 14h. Por causa do confronto, o tráfego foi direcionado para a pista local, que apresentou lentidão de cinco quilômetros.

Os envolvidos devem responder por crimes como tentativa de homicídio, associação criminosa e provocar tumulto. A polícia trabalha com a hipótese de vingança, já que há três meses, na data do jogo de primeiro turno do Brasileiro entre Santos e Palmeiras, integrantes das facções Mancha Alvi Verde e

Torcida Jovem se enfrentaram na Baixada Santista. Na ocasião, o conflito não deixou mortos.