Casos de fotos íntimas de adolescentes divulgadas na internet tem ocupado as páginas de jornais de todo o Brasil. Em novembro do ano passado, uma adolescente de 16 anos se matou no Rio Grande do Sul, após ter fotos íntimas divulgadas na rede. No mesmo mês, em Campo Grande, uma adolescente de 16 anos teve as fotos em que aparecia nua, divulgadas em um perfil da rede social Instagram.

De acordo com a delegada Regina Márcia Rodrigues, da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), o caso é mais comum do que se imagina. Somente em Campo Grande, cinco casos foram denunciados apenas no último mês.

“Em todos os casos elas mesmas tiraram as fotos. Não houve nenhum caso de foram chamadas em um estúdio”, explica a delegada.

Conforme Regina Márcia, com a utilização de mensagens instantâneas de WhatsApp, as fotos  se espalham  rapidamente. Ela cita que em um dos casos, a adolescente armazenava as fotos em um cartão de memória e ao tirar para ouvir música, teve as fotos copiadas.

Em outros casos, os pais descobrem as fotografias nos celulares dos filhos e procuram a polícia para relatar o caso e solicitar uma investigação.

Segundo a delegada, quem divulga, recebe ou armazena fotografias pornográficas de adolescentes, responde pelos crimes do Art. 241 Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente.