Polícia prende seis e descobre esquema de furto de carros em pátio de concessionária

Quadrilha furtava os veículos zero-quilômetro do pátio de uma concessionária e os ‘esquentava’ com uso de documentação falsa

A Polícia Civil conseguiu desvendar como nove carros zero-quilômetro sumiram do pátio da Enzo Veículos, em Campo Grande, entre outubro de 2013 e março deste ano. As investigações levaram a uma quadrilha que furtava os veículos e os ‘esquentava’ com uso de documentação falsa.

Até o momento, apenas dois veículos, um Palio e uma Strada, foram recuperados. A polícia ainda não sabe onde foram parar os demais carros furtados.

O esquema começava com Marcos Vinícius de Sena, que trabalhava como testador de veículos na empresa. Consta que ele distraía o vigia e levava o carro zero para fora do pátio, onde o deixava estacionado com a chave na ignição.

Em seguida, conforme apuraram os policiais, Jailton Márcio de Andrade, 41 anos, pegava o veículo e o levava até Wagner Oliveira Lima, 41 anos, que por sua vez o repassava a Gladston Vilarruel, o ‘Calombinha’. O destino final ainda está sendo apurado.

Os dois carros recuperados até agora foram comprados por Almir Pinha da Silva, 37 anos, e pelo filho dele, Almir Junior, 19 anos. Eles disseram aos policiais que pagaram R$ 5 mil pelos veículos.

Ambos os veículos foram revendidos por pai e filho. A polícia diz não saber se os compradores participam do esquema ou agiram de má-fé.

Para ‘esquentar’ os carros os bandidos contavam com José Roberto Fabrício, que teria atuado como ‘laranja’ no caso. Segundo as investigações, ele foi até a Enzo e comprou alguns produtos.

A nota fiscal, David Hoffman Chita, de 30 anos, despachante, e Evandro Dias Jorge, 42 anos, ajudante dele, eram então falsificadas como sendo de compra de veículo.

A Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos) prossegue com as investigações, a cargo da delegada Gabriela Stainle. Um dos objetivos é achar os outros sete carros furtados do pátio.

O ‘laranja’ José Roberto não foi preso, conforme explicou a delegada, por ter ajudado nas investigações. Já o ex-funcionário da Enzo conseguiu um habeas corpus e foi colocado em liberdade, enquanto Almir Pinha está foragido.

Exceto Wagner, todos os demais envolvidos têm passagem pela polícia, por crimes como roubo, porte de armas, ameaça e envolvimento em jogos de azar. O grupo se nega a revelar para onde foram os demais veículos furtados.