Polícia faz reconstituição de morte no Inferninho e queda não ‘bate’ com versão de testemunha

A Polícia Civil realizou na tarde desta segunda-feira (11), uma reprodução simulada da queda da cachoeira do Inferninho que terminou com a morte de Manoel Elisio Rufino, 61anos, no dia 6 de janeiro, a queda foi presenciada por Rafael Roberto da Cruz, funcionário de Manoel. De acordo com o perito Amilcar da Serra e Silva […]

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A Polícia Civil realizou na tarde desta segunda-feira (11), uma reprodução simulada da queda da cachoeira do Inferninho que terminou com a morte de Manoel Elisio Rufino, 61anos, no dia 6 de janeiro, a queda foi presenciada por Rafael Roberto da Cruz, funcionário de Manoel. De acordo com o perito Amilcar da Serra e Silva Netto o ponto onde o corpo da vítima caiu não corresponde ao local onde outras vítimas de queda acidental caíram.

Os peritos jogaram um boneco do local indicado pela testemunha como sendo o local exato onde Manoel estaria no momento da queda. Segundo o perito, os testes foram feitos com base em análises de outras quedas acidentais que já aconteceram no local. Nas quedas acidentais, os corpos caíram próximo ao paredão, o que não aconteceu com o corpo de Manoel, que caiu distante e atingiu uma pedra.

Na primeira vez que o perito derrubou o boneco do local indicado pela testemunha, o protótipo caiu próximo à parede, em uma trajetória condizente com outras quedas acidentais registradas no local, e, diferente de onde o corpo da vítima caiu. Já na segunda queda, o perito deu um impulso maior no boneco, que caiu próximo a uma pedra, e distante da parede, assim como foi encontrado o corpo de Manoel.

“Não está consistente com o depoimento. Onde o boneco caiu não condiz com as fotos que foram tiradas pela perícia no dia da queda. Serão realizados cálculos para verificar, mas a princípio, não está consistente”, afirma Silva Netto.

O funcionário da vítima que viu a queda, participou da simulação e deu detalhes aos peritos e ao delegado sobre como Manoel teria escorregado. Ele indicou o local exato, e questionado pelo delegado durante a reprodução e após os peritos afirmarem que a queda não era como  as outras quedas acidentais, Rafael manteve a versão de queda acidental “É isso mesmo”, disse. 

Ainda segundo Rafael, a vítima estava na beirada da cachoeira quando viu uma macumba e teria falado “Está amarrado em nome de Jesus”. Neste momento, ele escorregou e caiu de uma altura de cerca de 35 metros.

Conforme Medeiros, a perícia encaminhará um laudo para a delegacia e ele deve se reunir com os peritos para tirar dúvidas e chegar à conclusões sobre o caso. “A história está esquisita, pode ter acontecido alguma coisa, as investigações sobre o caso continuarão”, finaliza o delegado.

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