Polícia de Hong Kong pediu nesta sexta-feira aos jovens manifestantes que desistam de sua atitude “irresponsável e ilícita” e saiam das sedes governamentais onde estão impedindo o acesso dos funcionários públicos.

As forças de segurança pedem aos estudantes, em comunicado, que cooperem com a corporação e saiam “o mais rápido possível de maneira ordenada e pacífica”.

Após uma noite tensa depois que o chefe do Executivo local, Leung Chun-ying, rejeitou renunciar como os jovens pedem nas ruas, esta manhã os manifestantes bloquearam prédios governamentais e impediram a passagem dos funcionários, além de paralisar o tráfego das ruas próximas.

“O bloqueio está afetando os serviços de emergência e a vida normal das pessoas, o que é irresponsável e ilícito”, assinala a nota divulgada no site oficial do organismo.

Segundo o texto, os manifestantes “também se negaram a dar passagem aos veículos da Polícia para entregar comida, água e remédios aos agentes que estão trabalhando. Isto foi “uma ação desumana e inaceitável em qualquer lugar do mundo”.

Os manifestantes asseguraram que fecharam a passagem diante das suspeitas de que os veículos levavam material antidistúrbios.

Na região de Mong Kok, os agentes tentaram impedir hoje confrontos entre os manifestantes e cidadãos antiocupação que tentavam agredir e derrubar suas tendas montadas na rua.

Segundo a Agência Efe pôde comprovar, os policiais organizaram uma corrente humana para conter centenas de pessoas que, falando entre eles em mandarim – o dialeto majoritário na China continental, mas não em Hong Kong, onde se utiliza o cantonês -, tentavam ter acesso às instalações dos jovens e lhes repreendiam, em tom furioso, para que fossem embora.

Os protestos pró-democracia continuaram hoje, pelo sexto dia consecutivo, em Hong Kong, embora mais dispersas e com um menor número de pessoas, à espera de que os manifestantes e o Governo concretizem detalhes de como realizarão o diálogo político que ambas as partes acertaram nesta madrugada.