A Polícia Civil do Piauí prendeu nesta quarta-feira, em Teresina (PI), duas pessoas acusadas de distribuírem cédulas de reais falsas. Em poder dos suspeitos foram apreendidos R$ 600 mil em notas falsificadas. Em depoimento, os presos afirmaram que as cédulas foram adquiridas pela internet. De acordo com a polícia, os membros da quadrilha se passavam por funcionários da Câmara Federal para aplicar os golpes no Piauí, Mato Grosso e Brasília.

“Eles ofereciam três notas falsas e em troca queriam uma moeda de verdade. A quadrilha aplica vários golpes se passando por corretores de imóveis”, informou o delegado Matheus Zanatta, que investiga o caso.

Foram presos em um quarto de motel no bairro Aeroporto Raimundo Mendes Rodrigues Santos e Francisco Marcelo Campelo de Carvalho. Eles foram detidos em flagrante através de informações repassadas pelo Estado do Tocantins de que o veículo L200 Triton, que foi roubado em Araguaina (TO), estaria com o bando. O veículo e o dinheiro apreendido foram repassados para a Polícia Federal, já que envolve falsificação de moeda.

De acordo com Matheus Zanatta, a dupla é suspeita de participar de golpe envolvendo R$ 6 milhões em cédulas falsas em Brasília. Ele informou que o piauiense Francisco Marcelo Campelo de Carvalho usava um crachá falso da Câmara dos Deputados e no terno um brasão da República Federativa do Brasil.

“Eles se passavam por funcionários do alto escalão do governo para terem a confiança das vítimas e praticarem o golpe”, disse Zanatta. Segundo o delegado, os presos são bem articulados e no quarto foi apreendido o livro “Como convencer alguém em 90 segundos”.

O próximo golpe, segundo a polícia, seria a compra de um imóvel em Parnaíba no litoral do Piauí.

“Em Mato Grosso, eles trocaram notas falsas por 42 quilos de ouro. O segundo golpe que eles praticavam era a troca de três notas falsas por uma verdadeira, e o terceiro golpe seria a promessa de futuro pagamento com o dinheiro falso pela transferência de imóveis para os nomes do acusado que aconteceria em Parnaíba”, informou o delegado.

Matheus Zanatta disse que os acusados afirmaram ter comprado as cédulas pela internet e a Polícia vai investigar se eles não estariam envolvidos com a produção do dinheiro falso.

A operação aconteceu em parceria com o Núcleo de Inteligência da Secretaria de Segurança, a Delegacia de Homicídios, Polinter (Delegacia de Polícia Interestadual) e o reservado da Polícia Militar do Piauí.