Pela primeira vez, uma autoridade italiana admitiu que existem brechas para extraditar Henrique Pizzolato para o Brasil, apesar dele ter dupla cidadania.

“Existe um tratado bilateral com o Brasil que permite que se extradite entre cidadão com dupla nacionalidade. Ele é um cidadão preso provisoriamente para fins de extradição”, disse o diretor da divisão de cooperação internacional da polícia italiana, Francesco Fallica.

Com a prisão de Pizzolato ontem pela manhã, começou a correr o prazo de 40 dias para que o governo brasileiro encaminhe à Itália um pedido oficial para a extradição do ex-diretor do Banco do Brasil.

Segundo Fallica, o caso passará à esfera judicial que vai decidir o mérito do pedido brasileiro e, em caso positivo, a decisão final caberá ao Ministério da Justiça italiano. A ação correrá na Corte de Apelação de Bolonha, que tem jurisdição sobre Modena, onde Pizzolato está preso. Pizzolato prestou seu primeiro depoimento à polícia logo após a detenção no quartel dos “carabinieri” (polícia italiana) em Modena.