Falta apenas o depoimento de uma testemunha, que mora na cidade de Pereira Barreto, interior de São Paulo, para que o delegado Weber Luciano de Medeiros conclua o caso da morte de Manoel Eloísio de Souza Rufino, de 61 anos. Ele caiu no precipício conhecido como ‘Inferninho’, em Campo Grande, de uma altura aproximada de 30 metros, no dia 6 de fevereiro.

Segundo o delegado, titular da 2ª Delegacia de Polícia da Capital, a testemunha seria um familiar da vítima e teria alguns detalhes a acrescentar. Para o delegado, não restam dúvidas de que o caso se trata de homicídio. O principal suspeito é Rafael Roberto da Cruz, única pessoa que estava com Eloísio no momento que ele caiu do penhasco.

“Só falta ouvirmos esta testemunha para fecharmos o caso. Vamos indiciar o Rafael por homicídio doloso qualificado. Para mim, não existe qualquer dúvida de que ele é o autor do crime”, afirma o delegado Weber.

No dia 11 de fevereiro, já com a suspeita de que havia alguma coisa estranha no depoimento de Rafael, o delegado solicitou que a perícia realizasse um levantamento no local e os resultados confirmaram as suspeitas do delegado.

“Foi lançado um boneco com a mesma altura e peso da vítima. De ele tivesse escorregado e caído, o local da queda seria um. Mas por aquilo que a perícia levantou, tudo indica que ele tenha sido empurrado”, afirmou o policial.

Weber diz ainda que em vários pontos constatou contradições no depoimento de Rafael. “Ele disse que iriam em um assentamento buscar uns móveis de Eloísio, só que esses móveis já haviam sido retirados do local por outra pessoa”, concluiu o delegado.

O caso

Manoel Eloísio, de 61 anos, morreu na tarde do dia 6 de fevereiro deste ano ao cair de um penhasco de 35 metros, no local conhecido como Inferninho, na saída de Rochedinho, em Campo Grande (MS)

Segundo um funcionário que acompanhava a vítima, o pedreiro Rafael Roberto da Cruz, Manoel era dono de uma academia de luta e eles estavam indo em um assentamento próximo do local transportar uma mudança com a caminhonete do patrão, que resolveu ir junto.

“O Eloísio nunca tinha visto a cachoeira de perto e resolvemos parar. Mas aí quando ele estava na beira, se distraiu e escorregou”, lamentou o pedreiro, que disse trabalhar para a vítima há oito anos.