Dono de agência de viagem que deu calote de quase R$ 1 milhão em Bonito é preso na Venezuela
O dono da agência de uma agência de viagens de Bonito, a 300 quilômetros de Campo Grande, suspeito de dar um calote de quase R$ 1 milhão no começo deste ano, foi preso na última sexta-feira (5), na Venezuela. O delegado responsável pelas investigações sobre o golpe em Bonito, Roberto Gurgel, concederá na próxima quarta-feira […]
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O dono da agência de uma agência de viagens de Bonito, a 300 quilômetros de Campo Grande, suspeito de dar um calote de quase R$ 1 milhão no começo deste ano, foi preso na última sexta-feira (5), na Venezuela.
O delegado responsável pelas investigações sobre o golpe em Bonito, Roberto Gurgel, concederá na próxima quarta-feira (10), uma entrevista coletiva para divulgar informações sobre o caso. O suspeito, Alexandre Alex Rodrigues Furtado, de 44 anos, proprietário da Agência AR, teria praticado estelionatos, apropriações indébitas, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro na cidade.
De acordo com o jornal venezuelano El Nacional, o empresário era procurado pela Interpol. O comissário-geral Jose Gregorio Sierralta do CIPC (Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas) informou ao jornal que as investigações foram iniciadas por causa de um alerta vermelho, do dia 15 de agosto emitido pela Interpol. Segundo ele, peritos conseguiram identificar um cidadão semelhante ao procurado pelas autoridades brasileiras, em um hotel do Estado de Anzoategui. Ele estava em uma embarcação adquirida há 15 dias, quando provavelmente, ele teria chegado ao país.
Após a prisão, o suspeito foi transferido para a subdelegação de Barcelona e, em seguida, para Caracas e posteriormente colocado sob a custódia do Ministério Público que tratará dos trâmites legais.
Calote
O calote dado pela Agência Ar, atingiu turistas, funcionários, fornecedores e até a prefeitura da cidade. Na época, o delegado informou que o cálculo total do rombo já chegaria a R$ 860 mil.
A agência, uma das mais conhecidas da cidade, fechou as portas no dia 8 de janeiro, sem avisar previamente funcionários e clientes. No dia em que anunciou o fechamento, a empresa repassou e-mails aos clientes alegando ter sofrido “congelamento judicial em relação a um débito antigo com o Banco do Brasil”. Além disso, a mensagem afirmava que as reservas futuras não estavam garantidas.
A agência atuava há mais de dez anos na cidade e tinha certificado ISO 9000. A empresa era conduzida por Alexandre, mas estava em nome da ex-mulher, que mora em Miranda.
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