O delegado Fernando Nogueira apresentou na tarde desta segunda-feira (27) o balanço do primeiro dia da Operação Tolerância Zero, realizada no centro da Capital para tirar das ruas guardadores de carros irregulares. A operação é uma parceria da polícia com o Conselho de Segurança da Área Central, com SIG-Depac e conta com o apoio da Deops . O delegado também cobra ação conjunta com a prefeitura, pois o motorista acaba pagando tanto o parquímetro, quanto o guardador.

A operação se concentrou nas ruas Dom Aquino, Barão do Rio Branco e Marechal Rondon e resultou na abordagem de 20 pessoas, apenas duas tinham autorização do Ministério do Trabalho para exercer a função. Os 18 que não estavam regulares foram atuados por exercício irregular da profissão e como nenhum tinha passagem pela polícia puderam cumprir pena alternativa. Caso haja reincidência, passa a ser configurado crime de contravenção, cuja pena é de até 3 meses de detenção.

Segundo o delegado 19 policiais e 5 carros participaram da operação, que já contava com alguns alvos determinados em virtude de relatos de comerciantes da região. Fernando também frisou que isso não era um serviço da polícia, mas acabou se tornando por causa das ameaças e danos causados pelos guardadores de carro.

Ação conjunta

O delegado ainda cobrou da prefeitura uma ação conjunta com a polícia para coibir a atuação dos guardadores. Segundo ele, os flanelinhas só vão parar de agir quando houver envolvimento da prefeitura.

“A gente precisa fazer uma ação conjunta entre município e polícia. Porque isso não é só serviço nosso. O cidadão acaba pagando o parquímetro e pagando para o guardador de carro. Ou não paga o parquímetro ou a prefeitura coloca fiscais, guardas municipais, para evitar que isso aconteça. O parquímetro tem que ter uma contrapartida”.

Pichadores

A primeira parte da Operação Tolerância Zero coibiu também a atuação de pichadores na Capital. De acordo com a polícia, um rapaz de 20 anos acabou preso e foi encaminhado para o presídio. A fiança foi estipulada em R$ 5 mil  com o intuito de dificultar a saída dos pichadores da prisão.

Para o delegado Fernando Nogueira, além de dificultar a saída dos pichadores da prisão, também é necessário diminuir o dano que as pichações causam. “A gente precisa diminuir o dano ao patrimônio público porque quem paga é a população”, afirma o delegado.