Com a construção de novos presídios, o número de detentos em cadeias diminuiu de 1.300 para 700 em Mato Grosso do Sul, segundo apontou o superintendente de Segurança Pública no Estado, delegado André Matsushita. Ele é um dos participantes da audiência pública “Custódia de Presos nas Delegacias”, que ocorre nesta tarde (26) na Assembleia Legislativa.

A audiência foi pedida pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) e proposta pelo deputado Pedro Kemp (PT), para apresentar uma série de reivindicações às autoridades. Matsushita admite que a “briga” é que a divisão de presos seja repeitada para que não superlote as delegacias e atrapalhe o serviço dos policiais civis.

“Cadeias públicas são para presos provisórios, que ainda não foram condenados e os presídio para os condenados. Separar assim vai desafogar as delegacias para a execute seu trabalho e não só fique cuidando de preso”, afirmou o delegado que contabilizou que três novas cadeias estão previstas para o Estado.

Mato Grosso do Sul possui cerca de 1.000 policiais civis na ativa, sendo que 40% deles estão cuidando de presos, segundo dados do Sinpol, que também aponta o déficit na corporação de 950 policiais. Amanhã (26) o Governo dará posse a 53 novos delegados e, segundo o superintendente, em breve a mais 300 agentes penitenciários concursados.

Também participa da audiência pública a assessora de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) no Brasil, Ângela Pires Terto. Para ela, o debate já é importante, porque é o início do diálogo para garantir os direitos humanos a quem tem liberdade restritiva.