Após isolar manifestantes com força policial, ministro defende ‘diálogo civilizado’

Depois de mudar de última hora o local do evento para evitar protesto de médicos e estudantes, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, abriu na tarde desta sexta-feira (30) o Seminário Mais Médicos para o Brasil, Mais Saúde para os Brasileiros, em Campo Grande, defendendo o diálogo em favor da reforma da saúde pública. Do […]

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Depois de mudar de última hora o local do evento para evitar protesto de médicos e estudantes, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, abriu na tarde desta sexta-feira (30) o Seminário Mais Médicos para o Brasil, Mais Saúde para os Brasileiros, em Campo Grande, defendendo o diálogo em favor da reforma da saúde pública.

Do lado de fora da Casa da Indústria, impedidos de entrar no auditório, estão profissionais e estudantes protestando contra o programa federal que “importa” médicos de outras nacionalidades. Policiais militares isolam a entrada do prédio, enquanto lá dentro, o ministro apresenta o Mais Médicos a várias autoridades e personalidades públicas, prefeitos e gestores de saúde.

“Não se faz reforma de saúde pública contra os médicos ou sem os médicos. É necessário ter diálogo civilizado, porque quem perde é a população”, discursou o ministro, destacando que o seminário é direcionado a prefeitos e gestores de saúde. Ele admite, no entanto, que há deficiência no setor público para a contratação de profissionais, que encontram “pleno emprego” na área privada.

O senador Delcídio do Amaral (PT), em discurso, disse que na quinta-feira (29) da Procuradoria da República considerou o Programa Mais Médicos uma ação dentro da legalidade. Comentou, também, ter visto nos municípios por onde passa que o atendimento melhorou com a chegada dos profissionais de outros países.

Fora do prédio e isolados por policiais, manifestantes alegam estar apenas querendo o mesmo que o ministro: diálogo. “Apesar de a categoria médica não ter votado no PT, merecemos respeito. O ministro está fugindo de quem? A manifestação é pacífica”, disse a primeira-secretária do CRM (Conselho Regional de Medicina), Rosana Leite, apontando “quebra de democracia” no isolamento a que foram submetidos.

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