Turquia mantém 65 jornalistas presos, acusados de terrorismo

A Turquia continua sendo o país do mundo com mais jornalistas presos, com 65 repórteres detidos acusados de colaborar com organizações terroristas, segundo um detalhado relatório divulgado nesta terça-feira pelo oposicionista Partido Republicano do Povo (CHP). Dos 65 jornalistas presos, 20 já estão condenados e outros 45 em prisão preventiva. Além disso, 123 profissionais de […]

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A Turquia continua sendo o país do mundo com mais jornalistas presos, com 65 repórteres detidos acusados de colaborar com organizações terroristas, segundo um detalhado relatório divulgado nesta terça-feira pelo oposicionista Partido Republicano do Povo (CHP).

Dos 65 jornalistas presos, 20 já estão condenados e outros 45 em prisão preventiva. Além disso, 123 profissionais de imprensa foram acusados de delitos similares mas foram postos em liberdade com acusações.

“O poder tenta controlar a imprensa de duas maneiras”, afirma o relatório: mediante ligações diretas do governo aos donos dos meios de comunicação para exigir que demitam os profissionais mais incômodos e “acusando os jornalistas de serem membros de organizações terroristas”.

O documento diz ainda que as provas incriminatórias são simplesmente atividades cotidianas dos profissionais, como suas ligações para fontes ou para outros companheiros.

A maioria dos presos (42) é acusada de ser membros de organizações do Partido de Trabalhadores de Curdistão (PKK). Outros nove fariam parte do DHKP-C, uma organização marxista radical; quatro do MLKP, um movimento marxista-leninista; sete de Ergenekon, uma suposta conspiração militar golpista, e outros três de grupos menores.

“Expressar uma opinião política que o governo considera inadequada se define como “ato terrorista”, conclui o relatório, que defende a abolição imediata da lei antiterrorista turca.

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