Tortura de presos seria estopim para onda de ataques em SC

Um inquérito policial começa a apurar as denúncias de abusos no presídio regional de Joinville, no norte de Santa Catarina. A tortura realizada por agentes durante uma operação “pente fino” foi flagrada por câmeras de segurança da unidade e é apontada como o estopim para a nova onda de atentados no estado. O delegado Fábio […]

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Um inquérito policial começa a apurar as denúncias de abusos no presídio regional de Joinville, no norte de Santa Catarina. A tortura realizada por agentes durante uma operação “pente fino” foi flagrada por câmeras de segurança da unidade e é apontada como o estopim para a nova onda de atentados no estado.

O delegado Fábio Estuqui, da delegacia do bairro Itinga, irá ouvir o depoimentos de agentes envolvidos a partir desta terça-feira. Os abusos teriam ocorrido no dia 18 de janeiro e os servidores identificados (cerca de dez) acabaram afastados. As imagens mostram agentes desferindo tiros de borrachas contra cerca de 70 presos seminus. Alguns chegam a ser arrastados pelos policiais.

O caso preocupa e fez com que a presidente da Comissão de Direitos Humanos da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Joinville, Cynthia Pinto da Luz, passasse a acompanhar as investigações de perto. Ele deve levar as imagens à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Em cinco dias, foram registrados 46 ataques em 16 cidades catarinenses. Apenas em Joinville foram 11 atentados. Um suspeito morreu ao ser atingido com um tiro no olho por policiais de folga.

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