Suspeitos de estuprar jovem denunciam tortura; policiais podem ser presos

Os quatro funcionários de um parque de diversões presos por suspeita de estuprar e matar a adolescente Tayná Adriane da Silva, 14 anos, em Colombo (PR), afirmam que foram vítimas de tortura cometidas pelos policiais responsáveis pelo caso para que confessassem os crimes. Segundo o secretário de Justiça do Paraná, Cid Vasques, os policiais envolvidos […]

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Os quatro funcionários de um parque de diversões presos por suspeita de estuprar e matar a adolescente Tayná Adriane da Silva, 14 anos, em Colombo (PR), afirmam que foram vítimas de tortura cometidas pelos policiais responsáveis pelo caso para que confessassem os crimes. Segundo o secretário de Justiça do Paraná, Cid Vasques, os policiais envolvidos na tortura devem ter a prisão temporária pedida nos próximos dias. “Policial torturador não é policial, é delinquente”, afirmou. As informações são do Fantástico, da TV Globo.

Tayná foi morta no dia 25 de junho. Dois dias depois de seu sumiço, a polícia prendeu quatro funcionários do parque de diversões, que, em depoimento, confessaram o crime. Porém, uma perita que examinou o local do crime afirmou que a cena encontrada não representava uma situação de estupro. Posteriormente, um exame de DNA comprovou que o sêmen encontrado no corpo de Tayná não pertencia a nenhum dos presos. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), então, ouviu o depoimento dos quatro suspeitos, que acusaram 10 policiais civis, um policial militar, um guarda municipal, um preso e um delegado de torturá-los em interrogatórios.

“(O delegado estava) com a maquininha de choque e já chegou prensando, ‘cadê o corpo da menina, não sei o que…’”, afirmou um dos presos. Três delegados já foram afastados das investigações, assim como toda a equipe de policiais da Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, onde o caso foi registrado. O crime agora será investigado por equipes do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) da Polícia Civil. Diante das denúncias, o Ministério Público pediu a liberdade provisória dos suspeitos.

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