Suspeito de ter ajudado empresária mineira a matar ex-marido é preso; crime foi planejado
Um suspeito de ter ajudado a empresária e ex-policial militar Kellen Cristina do Carmo Alves, 34, a matar e atear fogo no corpo do ex-marido, o cabo da PM Silas Bonifácio Silva, foi preso na madrugada desta terça-feira (30) em Uberlândia (537 quilômetros da capital mineira). De acordo com a Polícia Civil, Evani Felix Santana, […]
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Um suspeito de ter ajudado a empresária e ex-policial militar Kellen Cristina do Carmo Alves, 34, a matar e atear fogo no corpo do ex-marido, o cabo da PM Silas Bonifácio Silva, foi preso na madrugada desta terça-feira (30) em Uberlândia (537 quilômetros da capital mineira). De acordo com a Polícia Civil, Evani Felix Santana, 45, foi apontado como coautor do crime por Kellen durante segundo depoimento prestado por ela.
Kellen, que foi presa e apresentava queimaduras no rosto, nos braços e nas mãos, confessou ontem ter matado e ateado fogo no corpo do ex-marido. O crime aconteceu na madrugada de domingo (28) em uma estrada de terra da cidade.
O corpo do cabo foi encontrado dentro do porta malas do carro dele, totalmente carbonizado.
Na primeira versão, ela havia dito à polícia que o ex-marido foi até a casa dela para devolver o filho do casal, que passou o sábado com ele, eles tomaram uma garrafa de vinho juntos e depois eles saíram para conversar. De acordo com o boletim de ocorrência, a empresária relatou que ao chegar na estrada da Terra Branca, próximo ao anel viário, na zona leste de Uberlândia, os dois discutiram, e o cabo teria tentado estuprá-la. Kellen reagiu e conseguiu sair do veículo. Nesse momento, de acordo com ela, o cabo alcançou-a. Ela então conseguiu enrolar um fio no pescoço de Silas.
A mulher ainda relatou aos policiais que derrubou e arrastou o ex-marido pela estrada de terra, segurando pelo fio, até chegar próximo ao veículo. O cabo teria sorrido e achado que era uma brincadeira, então ela diz que pisou no pescoço dele e o estrangulou. Em seguida, Kellen colocou o corpo do ex-marido, que pesa em torno de 100 quilos, no porta-malas do veículo e ateou fogo. Ela contou ainda que conseguiu fugir a pé e pegou uma carona com um homem que passava pelo local.
Já na tarde de ontem, a versão foi outra. Segundo o delegado responsável pela investigação, Helder Carneiro, Kellen foi a mentora do crime e o planejou há um mês.
Carneiro disse que o ex-marido esteve na casa dela na noite do sábado e ela o dopou com um medicamento de tarja preta. “Quando o cabo já estava inconsciente, ela telefonou para o comparsa. Evani chegou, cortou um pedaço de cabo de aço e o matou, enforcado, sem que houvesse reação.”
Em seguida, ambos colocaram o policial militar no porta-malas do caro de Silas e se dirigiram para a estrada vicinal. Kellen foi quem dirigiu o carro, enquanto o comparsa seguiu atrás em outro veículo.
O suspeito de ter ajudado no crime era amigo do casal havia dez anos e, segundo o delegado, confessou o ter enforcado o ex-policial. Ele, porém, disse que só falará em juízo.
Polícia apura motivo do crime
A motivação do crime, de acordo com o delegado Bernardo Pena Salles, ainda está sendo investigada. A Polícia Civil apurou que Silas e Kellen brigavam muito, e a mulher havia registrado queixa contra o ex-marido. Ainda falta esclarecer qual era a relação dela com Evani Santana.
Evani revelou aos policiais que cometeu o crime, porque “estava sendo ajudado” por Kellen a “montar um lava jato, doando a ele dinheiro e cimento.”
Segundo o delegado, os suspeitos serão indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O cabo e a ex-mulher eram casados foram casados por 12 anos e tinham dois filhos. A empresária deixou a PM para montar um negócio próprio.
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