Policial civil que matou ex-mulher e se matou era considerado calmo por colegas
O investigador Marlon Robin de Melo, de 37 anos, surpreendeu colegas da Polícia Civil nesta segunda-feira (28), quando matou com cinco tiros a ex-mulher Márcia Alves de Holanda, de 36 anos, e se matou com um tiro na cabeça. A tragédia aconteceu em um estacionamento na região central de Campo Grande e provocou pânico entre […]
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O investigador Marlon Robin de Melo, de 37 anos, surpreendeu colegas da Polícia Civil nesta segunda-feira (28), quando matou com cinco tiros a ex-mulher Márcia Alves de Holanda, de 36 anos, e se matou com um tiro na cabeça. A tragédia aconteceu em um estacionamento na região central de Campo Grande e provocou pânico entre moradores e comerciantes.
Segundo a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, ao contrário do que disseram familiares e até uma mulher que se apresentou como psicóloga de Marlon, ele não foi afastado do serviço por motivos psicológicos e sempre teve comportamento ‘calmo e tranquilo’.
O que houve, segundo a Polícia Civil, foi uma punição administrativa, por transgres são disciplinar. Ele cumpriu a punição e pediu uma reabilitação para apagar a questão da ficha funcional. Essa reabilitação nada tem a ver com a reabilitação psicológica.
Para passar por reabilitação psicolócica, o policial precisa passar por uma junta médica do Estado. O próprio servidor pode pedir esse acompanhamento ou os superiores do funcionário podem requisitar. Mas, como Marlon nunca apresentou comportamento que indicasse problemas psicológicos no trabalho, nunca passou pelo acompanhamento.
Os colegas afirmam que o convívio com Marlon era muito tranquilo e que ele não apresentava nenhuma atitude suspeita, “Era uma pessoa boa e tranquila”, afirma uma colega que não quis se identificar.
Marlon ainda foi classificado como uma pessoa calma, pelo delegado Dmitri Erik Palermo, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, onde estava lotado o investigador. “Ele era um dos investigadores menos agressivos. Ele era calmo e chegou a relatar os problemas por que vinha passando com a ex-mulher”, afirmou.
A psicóloga particular do investigador, que não quis se identificar, afirmou que o policial não poderia estar com uma arma de fogo. “Ele não deveria estar com arma”. Ainda de acordo com a mulher o policial havia ficado um período sem a arma, mas a pistola foi devolvida para ele nesta segunda-feira.
A psicóloga argumenta ainda que o casal estava separado havia 40 dias e o policial tinha consultas com ela três vezes por semana. Segundo ela, Marlon sofria de depressão profunda e o principal motivo era o fim do relacionamento, que ele tentava reatar. Ela também relatou que fez um pedido para retirar a arma do policial e requereu a internação dele, que estava tomando medicamentos.
Marlon e a ex-esposa foram encontrados mortos por volta das 15h10. Segundo o Corpo de Bombeiros, foram encontradas duas cápsulas de pistola calibre 40 no local. O homem, carregava um revólver calibre 38 na cintura. Já a pistola .40, usada no crime foi encontrado pela perícia embaixo do corpo de Marlon.
Ainda conforme o Corpo de Bombeiros, Márcia foi atingida por um tiro nas costas e Marlon morreu com um tiro na cabeça que atravessou o rosto.
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