Polícia acha documentos e descobre detalhes do esquema da ‘família de estelionatários’
São comprovantes de passagens para SP, onde eles faziam falsos talões de cheques do Banco do Brasil, além de listagens de pessoas com CPF (Cadastro de Pessoa Física) limpos, entre outros documentos.
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São comprovantes de passagens para SP, onde eles faziam falsos talões de cheques do Banco do Brasil, além de listagens de pessoas com CPF (Cadastro de Pessoa Física) limpos, entre outros documentos.
Anexado ao inquérito policial que tramita desde abril de 2012, na qual uma família de estelionatários já foi indiciada por aplicar vários golpes com cheques falsos do Banco do Brasil no comércio de Campo Grande, a polícia teve acesso a documentos que comprovam como funcionava cada passo do ‘esquema ilícito’.
São comprovantes de passagens para a capital paulista, onde Keila Fernandes dos Santos Medina, 30 anos, acompanhada da mãe Marinês Oliveira dos Santos, 47 anos, e outros comparsas viajavam para fazer o pedido de falsos talões de cheque, além de listagens do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e outros documentos ‘comprados’.
“Eles possuíam acesso a uma listagem de pessoas com o nome similar ao delas no CPF (Cadastro de Pessoa Física), porém sem restrição alguma. Com isso, faziam cheques, RG´s com o nome semelhante e outros documentos para terem nome limpo na praça e aplicarem os golpes”, afirma o delegado Miguel Said, responsável pelas investigações.
A documentação foi apreendida na casa de Keila, dias após ela se apresentar com um advogado na 1ª Delegacia de Polícia e confessar o esquema familiar, já realizado por sua mãe desde que tinha 20 anos.
“Toda a papelada foi entregue ao Fórum ontem para ser anexada ao inquérito policial. Keila, sua mãe, além dos comparsas Laércio Pereira da Rosa, 45 anos, Ricardo Lamar Gonçalves, 32 anos, e Marcelo Teixeira Galvão, 44 anos, já foram indiciados por estelionato e formação de quadrilha, mas a intenção é que com os documentos eles também sejam indiciados por falsidade ideológica. Há inclusive indícios de INSS falso”, ressalta o delegado Said.
Na ocasião dos golpes, em agosto do ano passado, quando a Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) prendeu o bando, no momento em que Keila e sua mãe compravam roupas em uma loja na 14 de Julho e foram reconhecidas como ‘golpistas’ por uma vendedora, a polícia iniciou as investigações e se surpreendeu com o número de vítimas.
“Eles deram golpes em uma tradicional loja de colchões, na Bebi Festas, na Caiado pneus, com cheques de R$ 20 mil, além de retirar um veículo Fox, placa DTQ 4191, já recuperado pela Polícia Civil”, conclui o delegado.
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