Padarias de SP ameaçam boicote a fornecedores caso STJD rebaixe Portuguesa

O rebaixamento da Portuguesa no Campeonato Brasileiro pode promover um boicote comercial das panificadoras de São Paulo às empresas que patrocinam a competição nacional. A quixotesca ameaça parte de Vitor Diniz, torcedor do clube rubro-verde, proprietário de padaria e integrante do Sindicato das Panificadoras (Sindipan). A ideia de Diniz é simples: caso o Superior Tribunal […]

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O rebaixamento da Portuguesa no Campeonato Brasileiro pode promover um boicote comercial das panificadoras de São Paulo às empresas que patrocinam a competição nacional. A quixotesca ameaça parte de Vitor Diniz, torcedor do clube rubro-verde, proprietário de padaria e integrante do Sindicato das Panificadoras (Sindipan).

A ideia de Diniz é simples: caso o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) decida pela punição da Portuguesa por utilizar o meia Héverton na 38ª rodada do Campeonato Brasileiro, o que resultaria no rebaixamento da equipe e no salvamento do Fluminense, os bares e padarias filiados ao Sindipan deixariam de comprar produtos de fornecedores que patrocinam o torneio nacional.

“É uma manifestação que eu estou movendo, com a anuência do sindicato. Vou ligar para todas as padarias de São Paulo para fazer um boicote contra as empresas que patrocinam o Campeonato Brasileiro. Eu que vou bancar tudo, com a anuência do sindicato. Vou pôr gente para telefonar para fazer esse boicote”, anunciou Diniz por telefone ao Terra, criticando o possível rebaixamento judicial da Portuguesa e a atuação de Paulo Schmidt, procurador-geral do STJD.

“É inadmissível, nos dias de hoje, concordar com essas coisas que não têm nexo. Só quem não vê isso é o nosso Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Ele (Schmidt) é Fluminense roxo, decide do jeito que quer. Quando é a Portuguesa, todo mundo quer tirar proveito da Portuguesa. Nós somos gigantes, somos uma colônia, somos um povo sofrido”, completou.

O empresário evitou citar os nomes de empresas que seriam alvo do boicote. Sabe-se, porém, que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), organizadora das quatro divisões do Campeonato Brasileiro, tem acordo com empresas como Ambev (Guaraná Antarctica), Brasil Foods (Sadia) e Grupo Pão de Açúcar (Extra), entre outras empresas menos ligadas ao ramo alimentício.

“Se (o STJD) concordar com essa maracutaia (denúncia contra a Portuguesa), vou ligar para as pessoas que são consumidoras de marcas A, B e C. Vou ligar para deixar de comprar produtos de empresas que patrocinam (o Campeonato Brasileiro)”, avisou Vitor Diniz, prometendo tentar estender a questão a outros estados. “Vou falar com outras torcidas que não são do Fluminense para que venham comigo nesse boicote. Vou falar com padarias do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul, de outros estados.”

A decisão do STJD deverá ser tomada na segunda-feira. Caso a Portuguesa perca pontos pela escalação de Héverton e seja rebaixada no lugar do Fluminense, este será o estopim para que Vitor Diniz tente oficializar seu boicote.

“Eu estava no Mato Grosso do Sul, estou chegando de lá agora. Era para eu vir (para São Paulo) na segunda-feira. Já pus gente para trabalhar. O sindicato (Sindipan) já me deu autonomia. Disseram: ‘fazendo por sua conta, nós apoiamos’. Vou trabalhar do meu jeito”, prometeu o empresário. “Todo mundo vai vir comigo. Nós somos consumidores, e somos contratantes, empresários. Tudo passa por nós”, completou.