Uma semana após a execução do delegado Paulo Magalhães Araújo, 57 anos, ocorrida em frente à escola da filha, no bairro Jardim dos Estados, em Campo Grande, a OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil), Seccional Mato Grosso do Sul, cobra mais rigor nas investigações da Polícia Civil.

O pedido para uma ‘apuração mais rigorosa’ foi encaminhado, por meio de ofício, para o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a ministra chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Helena Hoffmann, e por último a Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

A nível de Estado, o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, e o governador André Puccinelli (PMDB), também receberam o documento, com o intuito de reforçar ainda mais o pedido.

Dentro do órgão, a OAB/MS também solicitou ao presidente do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinicius Furtado, a designação de um conselheiro federal para acompanhar todo o desenrolar da investigação criminal.

O Conselho Estadual deliberou ainda pelo encaminhamento de ofício ao procurador geral de Justiça de MS, Humberto de Matos Brittes, para que indique imediatamente promotores para acompanhar o caso de maneira a combater à impunidade.

Nota de repúdio

Vinte e quatro horas após o crime, o órgão manifestou repúdio ao crime e nomeou um grupo de advogados para acompanhar as investigações, que está sendo liderado pelo presidente da Comissão de Advogados Criminalistas, Luiz Carlos Saldanha Rodrigues Junior e conta ainda com os advogados Rodrigo Correa Couto, da Comissão de Defesa e Assistência das Prerrogativas dos Advogados (CDA), e o advogado Alexandre Franzoloso.

Questionado sobre o andamento das investigações, o secretário Jacini ressaltou, em solenidade do Corpo de Bombeiros na manhã desta terça-feira (2), que o inquérito é investigado sob segredo de Justiça e que suspeitos já foram interrogados, sem dar mais detalhes.