Médico é preso por suposta demora para atender paciente que morreu

Um médico foi preso em flagrante na cidade de Lavras (240 km de Belo Horizonte), nesta segunda-feira (7), suspeito de negligência no atendimento de emergência a uma mulher que morreu após ter sido socorrida pelos bombeiros e levada ao pronto-socorro da Santa Casa da cidade onde o profissional era o plantonista. De acordo com o […]

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Um médico foi preso em flagrante na cidade de Lavras (240 km de Belo Horizonte), nesta segunda-feira (7), suspeito de negligência no atendimento de emergência a uma mulher que morreu após ter sido socorrida pelos bombeiros e levada ao pronto-socorro da Santa Casa da cidade onde o profissional era o plantonista.

De acordo com o delegado-adjunto da Polícia Civil da cidade, Ailton Pereira, a vítima de 55 anos passou mal em casa e teria tido uma parada cardiorrespiratória.

O Corpo de Bombeiros foi acionado, sendo que os integrantes da equipe que atendeu a ocorrência conseguiram reanimar a mulher. Em seguida, ela foi levada para o hospital, e o profissional foi chamado à sala de emergência, conforme descreveu o delegado.

“Ele demorou no atendimento. A enfermeira ligou para o médico, que estava na sala de descanso, mas ele demorou uns 20 minutos para atender a mulher. Segundo as testemunhas, quando ele chegou à sala de emergência, a vítima entrou em óbito”, disse Pereira.

Conforme o delegado, foi lavrado um boletim de ocorrência pela Polícia Militar, que foi chamada pelos próprios bombeiros.

De acordo com o policial, o médico foi preso em seguida, prestou depoimento, pagou fiança de R$ 5.000 e foi liberado.

“Ele admitiu que demorou de quinze a vinte minutos, mas alega, em sua defesa que, mesmo se tivesse atendido a mulher em tempo hábil, ela teria falecido por causa da gravidade do quadro de saúde dela. Não tinha como salvá-la. Ele disse que era de praxe ficar na sala de descanso porque não havia ninguém em observação no local”, afirmou.

No entanto, ainda conforme o delegado, o médico será indiciado por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). Pereira disse que três testemunhas já foram ouvidas e deverá concluir o inquérito ainda nesta semana.

Foi feito contato com o hospital, mas de acordo com a atendente da administração da unidade, diretores da unidade hospitalar estavam naquele momento em reunião para analisar o caso e não poderiam, por enquanto, falar com a imprensa. O médico também não foi localizado.

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