Justiça condena acusado de forjar a própria morte por seguro de vida
A Justiça de Toboão da Serra (Grande São Paulo) condenou José Montes Limarino a 18 anos de prisão por homicídio e por forjar a própria morte para fraudar companhias de seguro. O caso ocorreu em 1995. A mulher dele também é investigada como cúmplice, mas ainda não foi formalmente indiciada. A sentença foi dada em […]
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A Justiça de Toboão da Serra (Grande São Paulo) condenou José Montes Limarino a 18 anos de prisão por homicídio e por forjar a própria morte para fraudar companhias de seguro. O caso ocorreu em 1995. A mulher dele também é investigada como cúmplice, mas ainda não foi formalmente indiciada. A sentença foi dada em 30 de abril e publicada nesta sexta-feira (3) no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).
Segundo versão sustentada pela MPE (Ministério Público Estadual), Limarino passava por uma severa crise financeira quando resolveu bolar um crime que seria capaz de livrar a família das dívidas. Possuidor de um seguro de vida, ele chamou um credor para um encontro, o matou e depois simulou um acidente com o veículo, que foi queimado.
Apesar da situação financeira, as apólices foram totalmente quitadas um mês antes do suposto acidente, o que causou desconfianças por parte das autoridades. Na época, o valor do seguro chegava a R$ 20 mil. Em valores corrigidos, representaria hoje R$ 80 mil. O seguro, no entanto, nunca foi pago, já que a seguradora esperava o fim das investigações para efetivar o sinistro.
Pela versão do MPE, em 25 de fevereiro, ele ofereceu uma carona em seu carro a Ismael Evangelista, um mecânico a quem ele devia certa quantia. Depois de tomar cerveja com ele em um bar de Taboão, o matou com um tiro no peito. Na sequência, colocou o corpo de Ismael no banco do motorista do carro e ateou fogo no veículo, simulando uma queda e explosão. Ele deixou sua identidade próxima ao local, levemente queimada mas ainda com dados e foto legíveis.
A família mudou-se então para Campinas (94 km de São Paulo), onde vive até hoje. Já Limarino mudou-se para o Mato Grosso, onde permeneceu por alguns anos, voltando depois para o Interior de São Paulo.
Ele passou por várias cidades, mas sempre manteve contato com a família, em Campinas. A saga de Limarino terminou apenas em 2008, quando foi preso. O advogado dele, Odelmo Ferrari dos Anjos, não foi localizado.
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