Blogueiro egípcio diz ter sido preso em repressão a dissidentes

Um proeminente blogueiro egípcio disse nesta terça-feira ter sido preso, na mais recente detenção de um ativista político como parte da repressão do governo apoiado pelo Exército contra dissidentes. Autoridades egípcias têm conduzido uma repressão aos militantes islâmicos, matando centenas e prendendo milhares desde que o Exército depôs o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade M…

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Um proeminente blogueiro egípcio disse nesta terça-feira ter sido preso, na mais recente detenção de um ativista político como parte da repressão do governo apoiado pelo Exército contra dissidentes.

Autoridades egípcias têm conduzido uma repressão aos militantes islâmicos, matando centenas e prendendo milhares desde que o Exército depôs o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, em julho.

Em um tuíte recente sobre a prisão de um outro ativista, o blogueiro Ahmed Douma descreveu o governo como criminoso e disse que não duraria muito.

“Estou agora presente na delegacia de Basateen. Ainda não sei qual a acusação contra mim ou a razão para minha detenção”, disse Douma em sua conta no microblog.

A agência de notícias estatal disse que Douma foi detido por ligação com a “violência” em um protesto no sábado em frente a um tribunal onde Ahmad Maher, um símbolo do levante popular que derrubou o autocrata Hosni Mubarak em 2011, entregou-se às autoridades.

Uma ordem havia sido emitida para que Maher fosse preso por ter desafiado uma nova lei que restringe as manifestações.

Um procurador do Cairo emitiu na terça-feira mandado de prisão para outros 10 ativistas, incluindo Mohamed Adel, um líder do grupo jovem 6 de abril, do qual Maher também faz parte e que ajudou a liderar a revolta contra Mubarak.

Sob o governo de Mursi, Douma havia sido preso acusado de insultar o presidente, um episódio apontado por ativistas como exemplo do uso da Justiça para perseguir opositores liberais e seculares.

A nova lei sobre manifestações, que dá ao ministro do Interior o poder de proibir qualquer reunião em espaços públicos com mais de 10 pessoas, tem aprofundado o descontentamento no mais populoso país árabe.

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