Após policial matar ex e dar tiro na cabeça, Sinpol denuncia ‘alta pressão emocional’

O Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) soltou uma nota na ultima terça-feira (29) usando o caso trágico do policial civil Marlon Robin de Melo, 37 anos, que assassinou a ex-mulher Márcia Holanda de 36 anos e se matou na tarde de segunda-feira (28), para denunciar as “péssimas condições de trabalho” […]

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O Sinpol-MS (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) soltou uma nota na ultima terça-feira (29) usando o caso trágico do policial civil Marlon Robin de Melo, 37 anos, que assassinou a ex-mulher Márcia Holanda de 36 anos e se matou na tarde de segunda-feira (28), para denunciar as “péssimas condições de trabalho” do setor em Mato Grosso do Sul.

Através dessa nota o sindicato afirma que a Policia Civil sofre com a falta de contingente policial, falta de material de trabalho, afirma que faltam viaturas e que há desvio de função, com policiais agindo como agentes penitenciários nas delegacias do Estado.

O comunicado afirma que a falta de material humano, somada as péssimas condições de trabalho e a alta cobrança por produtividade, fazem os policiais passarem por alta pressão emocional, o que ao longo do tempo pode acarretar em problemas psicossomáticos.

De acordo com o vice-presidente do Sinpol-MS, Roberto Simião de Souza, o governo do estado, atualmente, não possui nenhuma política para a saúde mental do policial. “Muitas vezes o policial se encontra em situações diárias que envolvem muito estresse, como ameaças de morte, tiroteios. Então, esse profissional deveria passar por acompanhamento psiquiátrico, o que não acontece”, afirma.

Roberto adverte que não há nenhum levantamento sobre a questão, mas podem ter policiais com problemas psiquiátricos trabalhando no estado “Nós já cobramos do governo do Estado, e vamos cobrar da Assembleia esse acompanhamento. Cada um lida de forma diferente com as situações de estresse, e se não houver acompanhamento estamos correndo risco” adverte.

Plano de saúde

Hoje, se o policial de qualquer força sofrer acidente de trabalho, ele dever arcar com uma parcela do tratamento médico. Se não forem casos de emergência, 30% do valor dos tratamentos por acidente de trabalho deverão são pagos pelo policial, uma vez que o plano de saúde dos servidores estaduais não cobre o custo total.

Segundo o presidente da ACS (Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul), Edmar Soares da Silva, os policiais têm descontado mensalmente 5,24% do salário para atendimento a saúde.

O deputado estadual Pedro Kemp (PT) entrou com uma proposta de emenda constitucional onde o governo do Estado bancaria totalmente os 30% do fator participativo, desonerando os funcionários. A matéria já foi considerada constitucional e o deputado está cobrando de seus colegas à votação da pauta o mais breve possível.

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