Vítima de sequestro em Campo Grande foi vigiada por duas ‘olheiras’ ordenadas por preso
As mulheres eram encarregadas de observar a rotina da família do empresário e informaram aos comparsas sobre a oportunidade ideal para o sequestro. Além das duas mulheres, quatro integrantes já foram presos e dois são procurados pela polícia
Arquivo –
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As mulheres eram encarregadas de observar a rotina da família do empresário e informaram aos comparsas sobre a oportunidade ideal para o sequestro. Além das duas mulheres, quatro integrantes já foram presos e dois são procurados pela polícia
Duas mulheres foram as responsáveis por monitorar o empresário João Pedreira, 43 anos, que sofreu um sequestro no início da noite deste domingo, 17, no bairro Rita Vieira. O dono de um tradicional açougue que produz linguiças no bairro Pioneiros, que chegava à casa de amigos quando foi abordado.
De acordo com o delegado Márcio Obara, da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), explicou que as duas mulheres observavam a rotina da família de João: quando chegava, saía. No momento que julgaram oportuno, avisaram que o empresário tinha acabado de sair e passaram características do veículo e vestimentas da vítima para quatro outros integrantes do grupo.
Uma das mulheres foi presa por investigadores da Garras. Durante coletiva à imprensa na tarde desta segunda, Thaís Caroline Palmeira não quis passar detalhes de como era feita a partilha entre a quadrilha. Limitou-se apenas a dizer que só falaria em juízo e que não tinha satisfações a dar. Por vários momentos sorriu para as lentes de fotógrafos e cinegrafistas.
Com informações importantes para abordar João, Marcelo Batista de Oliveira Villalba, Evandro da Silva Bonani, Fábio Nunes de Almeida e Willian da Silva Bonani, passaram a seguir João. Quando a vítima chegava no Rita Vieira foi abordada, rendida bem como as demais pessoas que estavam dentro da casa.
De acordo com relato da vítima à polícia, por algumas vezes o grupo recebia ligações e orientações. Depois a polícia descobriu que as ordens partiam de dentro de um presídio. Quem ordenava já foi identificado, mas seu nome não foi revelado para a imprensa.
Nos momentos que João estava em poder da quadrilha, o empresário foi bastante agredido com socos e chutes. A família era constantemente ameaçada. Depois a família foi amarrada na casa e o grupo levou João para a casa dele.
A casa de João foi revirada, pois o grupo procurava por armas, dinheiro e joias. Enquanto isto, uma das pessoas que estava amarrada no Rita vieira se desamarrou e acionou a polícia. Por meio de trabalhos de negociadores da Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais).
Os quatros homens presos foram levados para a sede da Garras e lá acabaram revelando quem eram as mulheres que faziam o trabalho de olheiras. No bairro Nova Lima foram presas Thaís e uma adolescente de 16 anos. Na mesma casa foram apreendidos 27 quilos de maconha e vários produtos de origem não comprovada. Walter Bergson Rabelo Júnior estava na mesma casa dormindo ao lado da droga. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto.
Outros dois integrantes da quadrilha ainda não foram presos, mas já foram identificados pelos investigadores da Garras.
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