A Polícia Civil de Sananduva divulgou ontem que o vereador Arquimino José Filipiak, indiciado por crimes sexuais, apresentou-se à delegacia depois de passar 16 dias como foragido. Ele teve a prisão preventiva decretada no dia 16 de agosto em resultado da Operação Falsa Moral, realizada pela delegacia de polícia de Sananduva.

Filipiak é réu em processo criminal por exploração sexual de vulnerável e de favorecimento à prostituição. Além disso, informa a Polícia Civil, também foi instalada uma comissão na Câmara Municipal para deliberar sobre a cassação do mandato do vereador por quebra de decoro parlamentar.

De acordo com o delegado Hugo Rigo Júnior, o político foi recolhido ao presídio de Lagoa Vermelha, ficando à disposição da Justiça.

Conforma a polícia, foi apurada também uma estreita ligação do integrante da Câmara Municipal com o jogo do bicho. Além do vereador, outras três pessoas foram indiciadas no inquérito em crimes de favorecimento à prostituição ou exploração sexual de vulnerável.

Segundo o delegado, as investigações começaram depois da captação de diálogos ocorridos entre o vereador e uma adolescente em novembro de 2011. A polícia diz que, além da exploração sexual da adolescente, verificou-se que ele intermediava programas sexuais para conhecidos do meio político.

Para o proprietário de um supermercado, disse a polícia, o vereador mediou um programa sexual da adolescente em troca de ajuda na próxima campanha eleitoral.

Filipiak também pedia à adolescente que lhe arrumasse amigas para relacionar-se com ele. Entre elas, a irmã da jovem, também adolescente, com 15 anos de idade, diz a polícia.

No período monitorado foram identificadas sete mulheres, entre elas duas adolescentes, relacionadas ao favorecimento à prostituição, sempre com compensação financeira ou outras vantagens, como a promessa de emprego, descreve a polícia.