Servidores presos passam a noite na cadeia e mais pessoas serão ouvidas em Aquidauana
Após depoimentos, pelo menos mais cinco pessoas serão convocadas para prestar esclarecimentos sobre suposto desvio de verbas na prefeitura
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Após depoimentos, pelo menos mais cinco pessoas serão convocadas para prestar esclarecimentos sobre suposto desvio de verbas na prefeitura
As investigações da Operação Parajás, que prendeu cinco servidores públicos nesta quinta-feira (27) em Aquidauana, continuam com a convocação de mais pessoas para falar sobre o suposto esquema de desvio de verbas públicas na prefeitura do município, a 143 quilômetros de Campo Grande.
Todos os servidores que estão na cadeia são suspeitos de integrar o esquema que envolve diversos tipos de irregularidades. Segundo o MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), mais pessoas serão ouvidas nos próximos dias.
Pelo menos mais cinco pessoas devem ser convocadas para prestar depoimentos.
Estão presos Jorge Cáceres, assessor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul; Carlos Augusto Paim, servidor da Gerência Municipal de Finanças; Ado Luiz Aramburu, chefe de Gabinete da Ouvidoria-Geral, lotado no Gabinete do Prefeito; Fernanda Aparecida Alves Marti, servidora do Setor de Licitações e Paulo Sergio Gourlart, Secretário Municipal de Finanças.
Após serem ouvidos, os servidores presos ontem foram levados para a Cadeia Municipal, onde passaram a noite e devem permanecer.
Com os depoimentos tomados, a investigação passa agora a ouvir prestadores de serviços que atendiam órgãos municipais e podem ter informações sobre o suposto esquema que envolveria notas fiscais frias, contratação irregular de funcionários comissionados e favorecimento em concurso público.
Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão de documentos. O acesso ao prédio da prefeitura aquidauanense ficou restrito a funcionários que auxiliaram nas buscas, mas já está liberado para funcionamento normal.
O prefeito de Aquidauana, Fauze Suleiman, afirmou que todos os envolvidos serão demitidos imediatamente e garantiu que boa parte da lista de documentos solicitados pelo Gaeco já havia sido enviado para o MPE-MS.
Desvio de dinheiro público
As investigações começaram em abril, quando os Promotores de Justiça das 2ª e 3ª Promotorias de Justiça da Comarca de Aquidauana, José Maurício de Albuquerque e Antenor Ferreira de Rezende Neto, pediram apoio na apuração de suposto esquema de desvio de dinheiro público.
Os trabalhos do Gaeco chegaram a indícios de irregularidades como o fornecimento fraudulento de combustível, emissão de notas fiscais frias, contratação irregular de funcionários comissionados e favorecimento em concurso público.
Segundo as investigações, assessores e servidores da Prefeitura de Aquidauna estariam se valendo das funções para a prática de delitos, como peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica, fraude em concurso público e formação de quadrilha.
A operação foi coordenada pelo Promotor de Justiça Marcos Alex Vera de Oliveira, com auxilio dos Promotores de Justiça Claudia Loureiro Ocariz Almirão, do Gaeco da comarca de Dourados, José Maurício de Albuquerque e Antenor Ferreira de Rezende Neto. Agora, os promotores locais continuam os trabalhos.
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