Proposta de reajuste salarial de policiais gera polêmica na Assembleia

A proposta do governo de reajustar em 5% o salário da Polícia Militar gerou polêmica na sessão desta terça-feira (17) da Assembleia Legislativa. Contrário à sugestão do Executivo, o deputado Cabo Almi (PT) classificou a proposta como “um desrespeito” à classe e ainda questionou a aplicação de recursos estaduais. Em defesa do governo, o líder […]

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A proposta do governo de reajustar em 5% o salário da Polícia Militar gerou polêmica na sessão desta terça-feira (17) da Assembleia Legislativa. Contrário à sugestão do Executivo, o deputado Cabo Almi (PT) classificou a proposta como “um desrespeito” à classe e ainda questionou a aplicação de recursos estaduais. Em defesa do governo, o líder do PMDB na Casa de Leis, deputado Eduardo Rocha, destacou que o Executivo “paga os salários em dia”, ao contrário da administração anterior.

“Existe um movimento nacional em defesa da recuperação salarial dos policiais, mas, com uma proposta destas, o governo de Mato Grosso do Sul anda na contramão”, disse Cabo Almi. “Reajuste de 5% é um desrespeito à classe”, acrescentou.

Como exemplo, o petista citou aumento de 28% no salário dos policiais militares do Rio de Janeiro. “No Paraná, o piso nacional é cumprido e um soldado recebe R$ 3 mil, enquanto aqui o salário do soldado não passa de R$ 1,9 mil”, emendou.

Para Cabo Almi, o Executivo tem condições de apresentar uma proposta melhor. “Não é segredo que as contas estaduais continuam tendo superávit mensal”, ponderou. “Além disso, cadê o dinheiro que o governo tem guardado na poupança?”, questionou.

No ano passado, o próprio governador André Puccinelli (PMDB) admitiu ter economizado cerca de R$ 800 milhões para eventuais emergências. O valor, inclusive, até foi alvo de polêmica, pois até governistas informavam que o montante ultrapassava a R$ 1,2 bilhão.

Ainda em defesa de aumento superior, Cabo Almi lembrou de reajuste salarial concedido, recentemente, pelo prefeito Nelsinho Trad (PMDB). “Ele aumentou em 22% o salário dos professores”, destacou. Para ele, o justo é conceder reajuste de 25% aos policiais militares.

Defesa do governo

Diante das críticas ao Executivo estadual, Eduardo Rocha enfatizou “as contas organizados do governo” e frisou que, por enquanto, ninguém bateu martelo em torno da proposta de reajuste salarial da categoria. “A classe ainda está conversando com o governo”, frisou.

O líder do PMDB na Assembleia ainda devolveu críticas aos petistas. “O governador André Puccinelli recebeu o Estado com as contas atrasadas”, lembrou. “A maioria das viaturas da Polícia Militar estavam quebradas”, acrescentou.

Para finalizar, Eduardo Rocha destacou que o Executivo estadual “paga o terceiro maior salário do Brasil aos professores”.

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