A mãe de Thiago Ferreira Soto, 24 anos, o “Bagre” disse que era agredida constantemente pelo filho dentro da própria casa, porém nunca fez nenhum boletim de ocorrência . “Eu entregava para Deus, não queria denunciar o meu filho”.

Em uma ocasião ele teria ameaçado atear fogo nela e na casa.

A idosa de 60 anos que ainda trabalha de doméstica, também disse para a reportagem que sustentava o filho que estava no regime semiaberto no bairro Lar do Trabalhador e pagava a pensão no neto, filho de Thiago.

Soto estava no regime por conta de uma ocorrência de ameaça e violência doméstica contra uma ex-namorada. O mesmo também tinha passagem por homicídio ocorrido em julho de 2008.

Nesta quinta-feira (14), Thiago, segundo a mãe chegou do semiaberto na residência por volta de 6h e pediu R$ 20. A mãe então deu o dinheiro e foi trabalhar.

Por volta das 18h Thiago passou na casa de um dos irmãos, de 28 anos no mesmo bairro e disse que iria matar o outro irmão de 22 anos e, se caso o primeiro se intrometesse também morreria . Neste momento a Polícia Militar foi acionada.

Por conta da perseguição da polícia, Thiago então se escondeu na casa de uma amiga de 47 anos.

Com permissão, segundo consta no boletim de ocorrência, os policiais então adentraram ao local.

Eles escutaram um barulho nos fundos da casa e verificaram que Bagre estava escondido atrás de uma sapateira. Thiago pegou a pistola na sapateira e apontou para a guarnição, momento em que levou dois tiros. Ele foi socorrido e encaminhado ao HU, mas não resistiu aos ferimentos e morreu logo depois.