A diretoria da entidade foi chamada nesta manhã, em uma nova rodada de negociações com o governador

Mesmo antes de terminar a quarta assembleia de negociação salarial, realizada na tarde desta quinta-feira (26), em Campo Grande, policiais e bombeiros militares afirmam que não vão aceitar a proposta do governador André Puccinelli (PMDB) e novamente ameaçam realizar o ‘aquartelamento’ (movimento em que os policiais ficam dentro dos quarteis, com as viaturas paradas e não atendem as ocorrências).

Segundo o presidente da ACS (Associação de Cabos, Soldados e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul), Edimar Soares, a diretoria da entidade foi chamada nesta manhã, em uma nova rodada de negociações com o governador. “Ele propôs apenas antecipar a tabela de 2013, algo que nos é garantido por lei, então não mudou muita coisa”, diz o presidente da ACS.

O salário, que atualmente é de R$ 1.950, saltaria para R$ 2,2 mil. E, até ontem (25), o novo salário proposto pelo governador era de R$ 2.150 para os soldados, com um percentual de 10,23% de aumento.

“É insuficiente esse valor para a categoria e infelizmente Mato Grosso do Sul insiste em andar na contramão, já que estamos com um dos piores salários do país. Vamos continuar com as nossas manifestações, porque precisamos sustentar nossas famílias com dignidade e só nós sabemos o risco que é o nosso trabalho no dia a dia”, disse o vice-presidente da ACS, Claudio Souza.

O movimento Tolerância Zero, que teve início no dia 14 de abril, continua. “Vamos manter as ações em respeito a sociedade sul-matogrossense , com foco nas contravenções penais, principalmente o jogo do bicho”, alega o vice-presidente da ACS, Claudio Souza.

O Governador tem até o dia 2 maio para encaminhar a proposta salarial dos policiais e bombeiros militares para a Assembleia Legislativa. “Se o governador encaminhar a proposta que não for de agrado dos policiais e os deputados ainda votarem algo que vai prejudicar a categoria, vamos em massa, todo o contingente à assembleia legislativa para ver se os deputados tem coragem de votar algo contra os policiais”, conta o vice-presidente da ACS, Claudio Souza.

Os praças (cabos e soldados) representam atualmente 85% do contingente policial, sendo cerca de quatro mil em Mato Grosso do Sul. E a categoria garante que vai continuar debatendo a possibilidade da verticalização salarial. “Vamos continuar com nossa bandeira de luta que é que o salário de um soldado seja 25% do salário de um coronel”, garante o vice-presidente da ACS, Claudio Souza.