Polícia se mobiliza para prender suspeito de render família em Campo Grande

Nos moldes do que foi feito com dois estudantes em Campo Grande no dia 30 de agosto, em que eles foram executados à queima roupa por conta da encomenda de uma caminhonete, mais um pedido, feito por telefone a bandidos, mobilizou a Polícia Militar e Civil nesta terça-feira (30), dois meses após o crime que chocou Mato Grosso do Sul.

Diferente do outro caso, a vítima não foi morta, mas passou apuros na mão dos bandidos. “Estava saindo de casa para trabalhar, por volta das 7h20, acompanhado da esposa e filhas. Eles chegaram armados, mandando levar todo mundo pra dentro e um deles me deu uma coronhada com um revólver. Disseram que era para arrumar o mais rápido o possível dinheiro e jóias, porque senão alguém iria morrer”, conta a vítima, que prefere não se identificar.

O dono da casa, localizada no bairro Jardim Itamaracá, e o restante da família foi levada para um quarto. “Ficamos lá por cerca de dez minutos e só percebi que eles estavam fugindo quando escutei um barulho de corrida. Eu então entrei em contato com a polícia, por meio do 190 e fui para o meu trabalho, enquanto minha família foi para outro local”, diz a vítima.

Em seu serviço a vítima teve o apoio dos colegas de trabalho. Fizemos um contato e me orientaram a ir para a Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos). A agilidade da polícia neste caso chamou a atenção da vítima.

“Em menos de duas horas já me ligaram dizendo que o carro estava no pelotão do bairro Nova Lima”, garante a vítima. O seu veículo GM Captiva prata, de placa MSL 5533, estava na rua Catrimani. Os homens do 9° BPM avistaram o veículo parado e logo em seguida dois suspeitos andando a pé com quatro litros de gasolina em mãos.

“Assim que viram a viatura policial, os bandidos fugiram em direção a um matagal, próximo a rua Purus. Encontramos então uma moto Fan preta, placa NRR 0324, sendo que dentro de um capacete estava a chave da GM Captiva, confirmado que os suspeitos poderiam estar envolvidos neste crime”, fala o Sargento Gildney Benites, que estava acompanhado do soldado Giliard Felix nesta ocorrência.

Após presos em flagrante, um dos suspeitos, identificado apenas como Sérgio Yuri, disse que foi contratado por uma pessoa, vulgo ‘macaco’, para levar o veículo para Bela Vista, cidade distante a 324 quilômetros da Capital. A intenção dele, que alegou ser usuário de drogas, era trocar o carro por entorpecentes.

Um terceiro envolvido, vulgo ‘moicano ou pica-pau’, foi preso após uma denúncia anônima. Ele foi reconhecido pela vítima na Defurv. Todos os envolvidos prestam depoimento neste momento a delegada Maria de Lourdes Cano, responsável pelas investigações.

Os bandidos, que seriam moradores do Jardim Colúmbia e já possuem antecedentes criminais por furto e roubo, reincidem agora no crime, com o agravante do uso da arma de fogo e a formação de quadrilha.