Polícia prende ladrão que trocaria computadores de escola por uma caixinha de cocaína

Jackson Patrick da Costa, de 19 anos, foi preso pela Polícia Civil de Ladário nesta terça-feira, 15 de maio. O rapaz é acusado de ter praticado o furto de oito netbooks da Escola Estadual 2 de Setembro, localizada na avenida 14 de Março, na área central de Ladário. O furto foi registrado na manhã de […]

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Jackson Patrick da Costa, de 19 anos, foi preso pela Polícia Civil de Ladário nesta terça-feira, 15 de maio. O rapaz é acusado de ter praticado o furto de oito netbooks da Escola Estadual 2 de Setembro, localizada na avenida 14 de Março, na área central de Ladário.
O furto foi registrado na manhã de segunda-feira, 14, na Delegacia de Polícia Civil local, quando as investigações sobre o crime começaram até chegar na localização dos aparelhos eletrônicos, conforme explicou o delegado Enílton Zalla.
“A gente começou a espalhar que estávamos procurando esse tipo de aparelho e nos chegou a informação que dois computadores foram queimados na casa de uma pessoa. Fomos até lá e, como sabíamos como eles eram, a gente conseguiu obter do suspeito onde estavam os outros computadores. Achamos quatro na casa dele e dois na casa de um primo que mora ao lado”, disse o delegado ao mostrar os aparelhos recuperados, dos quais apenas seis estavam intactos.
Os outros dois netbooks foram queimados no quintal da casa do acusado que falou ao Diário porque resolveu destruir os objetos. “A tela quebrou porque eles caíram e daí não tem valor, não servem”, disse o rapaz de 19 anos ao confessar que comercializaria o produto do furto em troca de droga. “Ia vender pra quem quisesse por causa da droga”, falou Jackson que assumiu ser usuário de entorpecente.
O delegado afirmou que o detido iria vender os computadores para receptadores bolivianos. E o que chama mais atenção é como os produtos oriundos de furto perdem valor no mercado do crime. Segundo Zalla, cada netbook tem valor estimado em R$ 800, o que para os seis intactos, geraria R$ 4.800, porém eles seriam trocados por 50 gramas de cocaína, quantidade que pode ser acomodada em uma caixa de fósforo. “Trocaria por uma coisa que é comprada no mercado entre 100 e 150 reais”, disse o delegado sobre o valor do entorpecente.
Apesar de ter menos de 20 anos, Jackson, de acordo com Enilton Zalla, tem uma extensa ficha criminal. “Ele apronta desde cedo, inclusive tem incidências sobre furtos de materiais eletrônicos”, destaca ao atribuir que a forma como age cada criminoso acaba se tornando uma maneira de identificá-los.
“Assim como um texto que lemos e já sabemos quem é o autor, com os crimes é do mesmo jeito. Verificando o furto, a gente já reconhece os tipos de criminosos que o praticam. Conseguimos identificar esses criminosos que, constantemente, agem e, aliados a uma pitada de sorte, acabamos esclarecendo os crimes. O mais importante é a ação rápida da Polícia e a comunicação rápida da vítima: são dois fatores muito importantes no esclarecimento do crime”, afirmou ao informar que reuniu todos os elementos necessários para definir o destino do reincidente.
“Vou representar pela prisão preventiva dele em virtude da gravidade do crime. Se trata de um furto a uma escola, a questão do clamor popular em cima disso também é significativa. Temos ainda a reinteração (confissão) dele, provas suficientes de autoria e de materialidades garantidas”, concluiu.

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