O entendimento da polícia é que a mãe sabia do crime, mas preferiu acreditar nas palavras do companheiro, que agia como se nada tivesse acontecido.

Além do padrasto do menino de quatro anos, que foi preso no dia 1° de novembro, após ter confessado a tortura e a violência sexual contra a criança, a Polícia Civil também indiciou a mãe por omissão no crime de tortura.

O entendimento da polícia, de acordo com a delegada Regina Márcia Rodrigues, titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente), é que a mãe sabia do crime, mas preferiu acreditar nas palavras do companheiro, que agia como se nada tivesse acontecido, logo após cometer as barbáries contra o menino, inclusive o chamando de filho e fazendo brincadeiras com ele.

”O menino disse que comentou com ela sobre o crime e ela não acreditava na criança. Todos os professores já haviam estranhado as agressões, então não tinha como não saber. Mas, ela perguntava ao padrasto e ele negava, assim como a criança fazia na frente do agressor”, afirma a delegada Regina.

A pena para o crime, conforme o artigo 1° da Lei 9.455/97, é de até quatro anos de detenção. Questionada pelo Midiamax a respeito do indiciamento, a mãe do menino, C.R., 32 anos, disse que ‘não irá falar mais sobre o assunto’.