Polícia identifica preso que mandou matar mulher na região do Itamaracá

Everton Rodrigues, 28 anos, alega que encomendou a morte dela com um comparsa porque descobriu no último domingo (16), que a vítima o estava traindo.

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Everton Rodrigues, 28 anos, alega que encomendou a morte dela com um comparsa porque descobriu no último domingo (16), que a vítima o estava traindo.

Com um coringa tatuado no braço esquerdo, símbolo que na linguagem dos bandidos quer dizer que o ‘cara está pronto pra tudo, desde roubar até matar policiais’, de acordo com a Polícia Civil, o mandante do assassinato de Darlen Hellen de Souza, 38 anos, foi identificado. Dessa vez, por acreditar estar sendo traído, o detento Everton Rodrigues, 28 anos, encomendou a morte da mulher.

Darlen morava em Cuiabá (MT), com mais duas filhas, já que o filho Kallyel Moyses de Souza está preso por tráfico de drogas, em Amambaí, cidade distante a 347 quilômetros de Campo Grande. Para a família, ela disse que iria visitar o filho na prisão, quando na verdade se deslocou a Campo Grande com a intenção de ir ao presídio de Segurança Máxima visitar Everton.

Eles mantinham um relacionamento, sendo que ela inclusive tinha o cadastro de visitante de Everton no sistema policial. No último domingo (16), eles passaram o dia juntos, inclusive em uma visita íntima.

”Logo que ela saiu, segundo o depoimento de Everton, ele fez uma ligação para o executor do crime. Everton então atraiu a vítima, dizendo que ela teria de ir na região do Itamaracá para receber um dinheiro para ele. Darlen foi ao local e todas as evidências levam a crer que ali mesmo ela foi morta, com três tiros, nas costas, mãos e na cabeça”, explica o delegado Edilson dos Santos, responsável pelas investigações.

Vítima estava sendo procurada pela polícia paulista, com dois mandados de prisão em aberto

Darlen possuía inúmeras passagens policiais, nos estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso, sendo que no primeiro ela tem dois mandados de prisão em seu desfavor pelo crime de roubo. O namorado Everton também tem passagens por homicídio doloso e porte ilegal de arma de fogo, sendo que atualmente cumpre pena por tráfico de drogas.

Todo o fato ocorreu via telefone celular. Após receber a informação de que ela teria sido morta, Everton disse à polícia que se desfez do celular, adquirido clandestinamente em uma das celas. “Estou arrependido, mas só falo com o juiz”, é o que ele apenas disse ao ser questionado pela imprensa sobre a brutalidade do crime.

O inquérito policial possui trinta dias para ser concluído. Everton vai responder pelo crime de homicídio doloso. A pena é de seis a vinte anos de reclusão, se não houve qualificadoras.

Quanto ao executor ele está sendo procurado. O delegado titular da DEH conta que os investigadores já possuem a identificação dele e estão a campo para localizar o homem e possíveis envolvidos no crime.

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