Ocorrerá na tarde desta quinta-feira (4), a 1ª audiência criminal que tramita em sigilo, sobre agressões ao jovem homossexual Laury José da Silva Júnior, 21 anos, na madrugada da última sexta-feira (15) no centro de Campo Grande. Um dos rapazes que participou das agressões seria filho do prefeito de Costa Rica.

Segundo a polícia, na madrugada do dia 15 de abril do ano passado, quatro jovens teriam agredido o rapaz com chutes e ponta pés enquanto outros riam da vítima. Ele saía de uma boate por volta das 4h junto com outro rapaz de 18 anos, quando foram abordados próximo a Rua Bahia, por quatro jovens que estavam dentro do veículo Corsa de cor preto.

Um deles seria o jovem André Delgado Baird, filho do atual prefeito de Costa Rica, Djair Francisco dos Santos Júnior, Antônio Marcos Alves Colaneri e Thiago Baird Vargas .

Na ocasião, após ouvir o depoimento dos agressores, o advogado da vítima, Nelson Alfonso, contou ao Midiamax que a intenção da delegada Daniela Kades foi de indiciar os envolvidos por lesão corporal dolosa, diferente da visão do advogado.

“Foi uma violência gratuita na qual eles acharam que a vítima teria de morrer porque era homossexual. E o amigo que estava com ele conseguiu fugir, senão também seria agredido. Então fiz um pedido de revisão do inquérito policial ao Ministério Público e hoje irei discutir com o juiz sobre a intenção de matar o Laury, já que eles fizeram uma roda sobre ele que estava no chão e o agrediram com chutes e socos”, conta o advogado.

O advogado diz ainda que a vítima só não foi morta porque outro veículo passou no local e prestou socorro. “Todos eles ficaram com fraturas nas mãos, pernas e ombros de tanto que bateram na vítima, então dá para imaginar como ficou o corpo de Laury. Eles fizeram uma roda no corpo da vítima e o agrediram até cansar”, afirma o advogado.

Já a ação cível, realizada pelo mesmo advogado, pede danos morais, psiquiátricos, odontológicos e de custeio para os tratamentos até hoje realizados pela vítima. O valor da indenização é de R$ 1, 260 mil. “Em decorrências das lesões corporais e traumas sob o ponto de vista psiquiátrico e comprometimento buço maxilar, além da obrigação de custear tratamentos psicológicos e odontológicos, pedimos este valor contra os quatro agressores”, argumenta o advogado.