Homem é preso acusado de torturar e estuprar enteado de quatro anos

Durante a tortura, o padrasto utilizou um cabo de vassoura para introduzir no ânus da criança. Além disso, as mãos do menino foram colocadas em uma panela quente. Ele está internado na Santa Casa de Campo Grande em estado grave.

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Durante a tortura, o padrasto utilizou um cabo de vassoura para introduzir no ânus da criança. Além disso, as mãos do menino foram colocadas em uma panela quente. Ele está internado na Santa Casa de Campo Grande em estado grave.

André Luiz Ortiz, 33 anos, está preso desde a última quinta-feira, 1º de novembro, sob a acusação de ter torturado e violentado sexualmente seu enteado de apenas quatro anos. O autor é professor de música em Campo Grande.

A denúncia relatando o caso chegou primeiro ao Conselho Tutelar da região central de Campo Grande e depois o caso foi encaminhado para Delegacia Especializada de Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca).

Depois das evidências do caso, foi encaminhado um pedido de prisão contra o agressor, que foi concedido pela Justiça. Na quinta-feira, o professor de música foi preso por policiais civis e encaminhado para uma cela provisória da Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos).

Na manhã dessa segunda-feira, 5 de novembro, o autor foi transferido para a Depca. De acordo com a delegada Regina Márcia Rodrigues, o autor foi indiciado pelos crimes de tortura e estupro de vulnerável. “Ainda vamos agravar a pena acrescentando o fato da vítima ser menor de idade e também a gravidade das lesões provocadas”, comenta a delegada ao Midiamax.

A informação do hospital é de que o menino já se encontra com quadro de saúde estável. Ele estava internado em estado grave na Santa Casa de Campo Grande desde o último dia 26. Ele estaria com costelas quebradas, a palma das mãos queimadas (foram colocadas em panela quente), deslocamento de traqueia (provavelmente provocado por violenta esganadura) e ainda um quadro de hepatite porque seu fígado foi atingido durante as agressões.

No ato de tortura, o padrasto teria utilizado um cabo de vassoura para introduzir no ânus da criança, o que provocou machucados internos no reto e ainda em órgãos. Uma das conselheiras tutelares que atendeu o caso inicialmente, que pediu para não ser identificada, disse que o caso chocou até quem está habituado a lidar com violência envolvendo crianças.

Sobre algum distúrbio mental, a delegada Regina Márcia alegou que a perversidade do autor é nítida e que ele não aparenta ter problemas mentais. “Tudo foi feito por pura maldade mesmo, já que ele sabia que a mulher tinha o sono pesado e então trancava o menino para cometer as torturas”, disse a delegada.

Além do padrasto da criança, a mãe também está sendo investigada. “Em um momento ele disse para o médico que contou o segredo para alguém. Estamos investigando para saber se essa pessoa seria a própria mãe”, conclui a delegada.

(Matéria editada às 14h50 para acréscimo de informações).