Comissão da OAB/MS pede esclarecim​ento sobre mortos em confrontos com Polícia Militar

A presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da OAB/MS, Kelly Cristiny de Lima Garcia, vai enviar documento à Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado) solicitando posicionamento sobre o aumento no número de mortos em confrontos com a Polícia Militar. Em Campo Grande, na semana passada, foram registrados quatro óbitos e um ficou ferido em troca de tiros com a Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) e 10º Batalhão da Polícia Militar.
 
De acordo com a presidente da comissão, o trabalho da Polícia Militar é de repressão, mas ações como estas colocam em risco a sociedade. “Esse não é o procedimento correto e padrão da PM e, se está acontecendo com rotina, algo está acontecendo”, comentou Kelly Cristiny.
 
Kelly Cristiny acredita que os policiais militares possam estar trabalhando sob tensão ou sobrecarga, já que, no  mês passado, praças da Polícia Militar realizaram protestos pedindo reajuste de salário e queixando-se da defasagem de homens no Estado.
 
“Não podemos aceitar esse tipo de ação recorrente, pois há riscos de inocentes ficarem feridos e até serem mortos. E nem deixar que criminosos sejam mortos para que isso não vire um senso comum”, afirmou Kelly Cristiny. A Comissão de Direitos Humanos da OAB/MS aguarda, para os próximos dias, reunião com representantes da Sejusp.