Caso Steffani: Polícia aguarda provas técnicas para concluir inquérito
O inquérito policial que investiga as circunstâncias que levaram à morte de Françoise Steffani Silva de Oliveira, 12 anos, ocorrida na quinta-feira, 22 de março, está na fase de produção e recebimento das provas técnicas que vão materializar o crime, informou ao Diário a delegada Priscila Anuda Quarti Vieira, titular da Delegacia de Atendimento à […]
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O inquérito policial que investiga as circunstâncias que levaram à morte de Françoise Steffani Silva de Oliveira, 12 anos, ocorrida na quinta-feira, 22 de março, está na fase de produção e recebimento das provas técnicas que vão materializar o crime, informou ao Diário a delegada Priscila Anuda Quarti Vieira, titular da Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e Idoso (DAIJI). “A fase agora é técnica, de requisitar essas perícias e aguardar os laudos e encaminhar tudo para o Judiciário”, afirmou. Leandro de Oliveira, 20 anos, conhecido por Diego, estuprador e assassino confesso da garota, está preso no Estabelecimento Penal de Corumbá.
“Nosso trabalho ainda não acabou. Estamos trazendo aos autos os indícios necessários para apontar que o Leandro realmente é o autor da prática do crime e materializar essa prática dentro do inquérito policial. Como ele foi preso em virtude de prisão temporária e é crime hediondo, a prisão se dá por trinta dias. Quando estiver prestes a terminar esses trinta dias, eu vou representar ao juiz para converter essa prisão temporária em preventiva. Aí eu tenho que terminar o inquérito policial e encaminhar à 2ª Vara Criminal”, explicou a titular da DAIJI. “Com a conversão da temporária em preventiva, que não tem prazo, ele pode ficar preso preventivamente até o julgamento”, ressaltou.
A delegada Priscila Vieira informou que a produção de provas técnicas já acontece, inclusive com a coleta de sangue do acusado, que foi feita pela Polícia Civil, dentro do presídio masculino. “O Leandro está preso no Estabelecimento Penal de Corumbá e ainda na quarta-feira [28 de março] estivemos lá e ele autorizou que fosse coletado sangue dele para confrontar com o material que foi coletado no local do crime e o material localizado dentro do corpo da vítima. (…) Vamos confrontar para materializar ainda mais a prática do crime”, esclareceu. “O que a investigação necessita agora, nessa fase final, digamos assim, é só encaminhar esse material para perícia e esperar os laudos periciais, basicamente é isso”, enfatizou.
Já foram tomados depoimentos de todas as pessoas necessárias para a investigação policial e agora é a fase de produção técnica dos laudos periciais. “Dos aparelhos de celular apreendidos, vamos pedir a degravação das chamadas realizadas e recebidas, das mensagens. Isso quem faz é o perito criminal. Ele vai nos encaminhar laudos periciais sobre tudo isso. A degravação é necessária para demonstrar, por exemplo, a ligação que a irmã teria feito para uma parente solicitando que corroborasse com a versão que eles tinham ido a casa dela buscar determinado medicamento. O perito vai descrever quais foram as ligações, confrontar os números para ver se a história bate. Isso é para materializar, dentro do inquérito, toda a versão contada, para mostrarmos ao juiz, da forma mais verdadeira e clara, exatamente como se deram os passos para a prática do crime”.
Sequestro
A delegada antecipou que as imagens de câmeras de segurança de um estabelecimento comercial também devem integrar o inquérito policial. “Antes de termos conhecimento da morte da Steffani estávamos investigando, tentando localizá-la. Conseguimos identificar o estabelecimento comercial que ela tinha ido de manhã para comprar o que a mãe pediu. A câmera de segurança do estabelecimento mostra a hora certinha. É importante o horário, em que ela entrou e saiu do estabelecimento comercial. Isso vai para a perícia produzir o laudo pericial das imagens descrevendo a hora que entrou e saiu, se teve contato com alguém lá dentro, se saiu sozinha ou acompanhada”, informou a responsável pelas investigações.
Leandro de Oliveira já foi indiciado por estupro de vulnerável qualificado pela morte da vítima. “Ele confessou a prática do crime em seu interrogatório aqui na delegacia”, disse a delegada Priscila Anuda Quarti Vieira, que afirmou que só deve ouvi-lo novamente se surgirem “fatos novos”. A delegada investiga também se houve sequestro da adolescente para a prática do crime. Esse ponto seria motivador de um novo depoimento.
“Há indícios nos autos que a menina tinha sido sequestrada, ou seja, levada à força do local que estava com objetivo de fazer o crime que era estuprar e matar. Se isso ficar comprovado, vou descê-lo do presídio; ele vai ser interrogado novamente com relação a essa prática, sendo indiciado por isso. Aí, vou concluir meu inquérito mencionando que ele também sequestrou a menina e a estuprou e do estupro ocorreu a morte” finalizou a delegada de Atendimento à Infância, Juventude e Idoso.
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