Vizinhos pedem mais abordagens policiais após assassinato de lojista no centro da capital
Comerciante de 67 anos foi encontrada morta a facadas no provador da própria loja, em plena região central de Campo Grande, na manhã deste sábado (29). População pede que policia ‘pare mais suspeitos’ e PM diz que intensificará abordagens.
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Comerciante de 67 anos foi encontrada morta a facadas no provador da própria loja, em plena região central de Campo Grande, na manhã deste sábado (29). População pede que policia ‘pare mais suspeitos’ e PM diz que intensificará abordagens.
O assassinato da comerciante Maria Aparecida Mendes Miranda, de 67 anos, encontrada morta a facadas na manhã deste sábado (29) dentro da própria loja de confecções e bijuterias, deixou lojista e moradores da região central de Campo Grande revoltados.
A loja de Dona Cida, como era conhecida pelos vizinhos, fica na Rua Dom Aquino, próximo à Rua Rui Barbosa. O local é um dos pontos mais movimentados no centro comercial campo-grandense.
“Tem muito policial andando pra lá e prá cá, mas abordagem que é bom, dificilmente a gente vê eles fazendo”, comenta o funcionário de um restaurante.
“Os maus elementos andam livremente e a gente não sabe quem está armado ou não. Ninguém para e revista para não perderem tempo nas delegacias caso achem alguma coisa ilegal, então os viciados podem andar com o que quiserem no centro”, reclama um lojista que há 12 anos trabalha na mesma rua onde aconteceu o crime.
Já Iolanda, de 68 anos de idade, conta que mora em um prédio próximo ao local e acha que as abordagens policiais de ‘suspeitos e drogadinhos’ poderia dificultar a ação de criminosos. “Se esse monte de policiais que ficam andando parassem mais pessoas, os bandidos teriam mais medo de agir aqui no centro. Esses viciados praticamente moram nas calçadas e ninguém sabe o que carregam”, pondera.
Segundo a Polícia Militar, por dia cada dupla de policiais que fazem as rondas ostensivas em Campo Grande realiza em média 20 abordagens. “A abordagem é atinente ao policiamento ostensivo e nos protocolos da Polícia Militar estão não apenas o ato de abordar, como também as buscas policiais”, diz o tenente-coronel Mazui.
Com relação à queixa dos lojistas, de que faltam abordagens, a assessoria de imprensa da PM informa que o volume não é pequeno. “Cada dupla faz muitas abordagens por dia. É que os moradores só notariam se ficassem observando a ação policial o tempo todo. Mas concordamos e podemos garantir que as abordagens continuarão e serão intensificadas”, afirma o tenente-coronel.
Faltando segurança
“Está faltando segurança no centro de Campo Grande. Isso não tem como negar. Como alguém pode entrar, matar uma senhora a facadas, e fugir assim”, questiona o comerciante Airton Barbosa, de 39 anos. Ele possui uma loja a poucos metros de onde Dona Cida trabalhava, e estava com o marido dela quando soube do crime.
“Nós viajamos juntos até Bandeirantes. Estávamos na região do Coronel Antonino quando ela ligou para o esposo dela e disse que havia um homem querendo comprar ternos. Nós viemos de lá até a loja dele a poucos metros daqui e, como ela não atendia mais ao celular, ele veio verificar. Ela estava toda ensanguentada”, conta.
O esposo de Maria Aparecida, Cleiton Pereira, de 57 anos, ainda tentou reanimar a mulher, com quem era casado desde 1982. “Quando cheguei, vi o celular dela na entrada e já senti que alguma coisa não estava bem”, disse.
Os bombeiros foram então acionados, estiveram no local, e verificaram que ela estava morta. A polícia foi chamada e isolou a área para o trabalho da perícia.
O caso será investigado inicialmente pela equipe da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, segundo o delegado Luis Thomaz de Paula Ribeiro. Ele confirmou que os ferimentos visíveis aparentam ter sido causados por um objeto cortante. A comerciante foi ferida no braço e no pescoço, e perdeu bastante sangue.
Sozinha
Dona Cida trabalhava havia décadas no local e era conhecida por todos. Segundo uma das vizinhas da comerciante, ela teria falado ao telefone com o marido e se dirigido a um salão de beleza próximo, deixando a loja sozinha alguns minutos. Quando voltou, Dona Cida teria sido abordada pelo assassino.
O marido da vítima disse que entre a ligação que recebeu dela, e a chegada dele, menos de meia hora teria transcorrido. Ele contou que em alguns dias da semana a esposa tem companhia de uma ajudante, mas neste sábado ela estava sozinha. (Material editado para supressão de dados a pedido)
Notícias mais lidas agora
- Chuva chega forte e alaga ruas da região norte de Campo Grande
- Há 13 anos, casa no bairro Santo Antônio é decorada por Elizabeth com enfeites únicos de Natal
- Pais são presos após bebê de 2 meses ser queimado com cigarro e agredido em MS
- VÍDEO: Moradores denunciam mulher por racismo e homofobia em condomínio: ‘viadinho’
Últimas Notícias
Taxas avançam com mensagem dura do Copom e pessimismo fiscal
Em meio ainda à maior cautela no ambiente externo
Câmara aprova fim da cobrança de roaming entre países do Mercosul
O texto segue para análise do Senado
Rompimento de fibra ótica deixa serviços de prefeitura em MS fora do ar
Prefeitura de Corumbá ficou com serviços fora do ar nesta quinta
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.