Primeiro corpo de vítima do voo 447 é recuperado, diz polícia da França

O primeiro corpo de uma vítima do acidente do voo 447 da Air France, entre Rio e Paris, foi recuperado nesta quinta-feira (5), segundo a polícia francesa, citada pela France Presse. O avião caiu no Oceano Atlântico em 2009, com 228 pessoas a bordo. Em comunicado, a Direção Geral da Gendarmeria Nacional da França afirma […]

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O primeiro corpo de uma vítima do acidente do voo 447 da Air France, entre Rio e Paris, foi recuperado nesta quinta-feira (5), segundo a polícia francesa, citada pela France Presse.

O avião caiu no Oceano Atlântico em 2009, com 228 pessoas a bordo. Em comunicado, a Direção Geral da Gendarmeria Nacional da França afirma que, “depois de uma tentativa fracassada”, os restos mortais de uma das vítimas conseguiram ser trazidos à bordo do barco “Isle de Sein”, durante a madrugada.

Os despojos estavam ainda atados a um dos assentos do voo, a uma profundidade de 3.900 metros, e pareciam degradados, segundo o comunicado da polícia francesa. Os trabalhos para tentar recuperar os corpos havia iniciado na véspera, segundo fontes próximas à operação.

“As tentativas de recuperação são feitas em condições particularmente complexas e até agora inéditas”, continua o comunicado. “Persistem fortes incertezas sobre a possibilidade técnica da recuperação dos corpos.”

Oito pessoas da gendarmeria francesa estão a bordo do navio participando dos trabalhos.
A polícia francesa afirma que haverá uma tentativa de identificar o corpo pelo exame de DNA, em paralelo com a análise das caixas pretas do Airbus, já recuperadas com a ajuda de submarinos-robôs.

Um das caixas-pretas, com o dispositivo que grava as informações da cabine, foi encontrada na terça-feira pela equipe francesa que trabalha nas buscas, na área próxima ao último local de contato da aeronave com os radares.

A outra caixa, que grava a atividade dos instrumentos de voo, foi achada no domingo passado, e o estado exterior de ambas “é bom”, disse Jean-Paul Troadec, diretor do Escritório de Investigações e Análises (BEA) encarregado das buscas.

Embora o achado do material seja considerado “um grande passo para a compreensão do acidente”, resta saber se será possível resgatar os dados de seu interior, pois há o receio de que o óxido e a pressão tenha danificado os instrumentos de gravação.

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