Cerca de 600 policiais federais trabalham na cumprimento das ordens judiciais da “Operação Láparos”, oriundos dos Estados do RS, SC, PR, SP, MS, MT, MG e RO.

No Paraná, as ações se desenvolvem nas cidades de Guaíra, Terra Roxa, Francisco Alves, Iporã, Mercedes, Vera Cruz do Oeste, Umuarama, Cruzeiro do Oeste, Tuneiras do Oeste, Icaraíma, Cafezal do Sul, Tapejara, Douradina, Ivaté, Londrina, Lidianópolis, Faxinal, Foz do Iguaçu, Santa Terezinha de Itaipu, Missal, Medianeira, Matelândia, Maringá, Doutor Camargo, Terra Boa, Santa Fé, Astorga, Cianorte, Paiçandu, Cascavel, Assis Chateubriand, Corbélia, Formosa do Oeste, Tupassi, Toledo, Ubiratã, Marechal Cândido Rondon e Ouro Verde do Oeste.

Até este momento, a Delegacia da PF em Guaíra já contabiliza a chegada de 22 presos, entre eles policiais.

Segundo o Superintendente Regional da PF no Estado do Paraná, José Alberto Iegas, esta ação sinaliza reforço da orientação de que a Instituição, no Estado do Paraná, foque no combate ao crime organizado e à sua capacidade de infiltração nos poderes públicos por meio da corrupção de seus agentes.

Os presos policiais serão, após a formalização de sua detenção, entregues às suas corporações, que os custodiarão à disposição da Justiça Federal. Os demais presos serão recolhidos, em cada região, aos locais determinados pela autoridade competente, que indicará penitenciárias, cadeias ou delegacias para o cumprimento das prisões preventivas, também à disposição da Justiça Federal e Guaíra.

OPERAÇÃO LÁPAROS:

A Polícia Federal em Guaíra/PR deflagra nesta manhã, 17, grande Operação visando a desarticular organização criminosa em ação na fronteira, a que se imputa os crimes de contrabando e corrupção policial.

A fase operacional da denominada “Operação Láparos” implica o cumprimento de 150 mandados de busca e apreensão e de 108 ordens de prisão preventiva, das quais 43 em desfavor de policiais.

Todas as ordens foram expedidas pela Justiça Federal em Guaíra e em Umuarama, instâncias perante as quais se desenvolveram as investigações policiais ao longo de 14 meses, período em que foram presas em flagrante 202 pessoas e apreendidos mais de 3 milhões de pacotes de cigarros contrabandeados do Paraguai; 6,5 toneladas de agrotóxicos de mesma origem; 109 caminhões; 76 automóveis e 13 embarcações.

As investigações demonstraram ainda o envolvimento, com a organização criminosa, de policiais estaduais civis (13) e militares (29) do Paraná e da Polícia Rodoviária Federal (1), os quais receberiam vantagens econômicas para informar sobre as ações da PF contra o contrabando, garantindo ainda a livre circulação de veículos usados pela quadrilha para distribuir cigarros e agrotóxicos contrabandeados.

As ações repressivas da Polícia Federal ocorrem hoje em 38 cidades do Paraná; 4 em São Paulo; 3 no Mato Grosso do Sul, 3 em Minas Gerais; 1 em Rondônia e 1 no Mato Grosso, o que bem demonstra a ampla ramificação da organização criminosa desarticulada, que multiplicava rapidamente sua capacidade de ação delitiva – potencial de que decorre o nome da Operação.

O Ministério Público do Paraná em Cascavel, a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná e a Corregedoria Regional da PRF colaboraram com as investigações.