Preso pelo caso das duas mulheres degoladas diz ter sido ‘pressionado’ a participar do crime
Weber Barreto, o quarto preso por envolvimento no caso, disse ter sido “manipulado” por Corumbá, presidiário que teria determinado as mortes; mulheres teriam assassinadas por denunciar o mentor do crime, que havia fugido do regime semiaberto
Arquivo –
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Weber Barreto, o quarto preso por envolvimento no caso, disse ter sido “manipulado” por Corumbá, presidiário que teria determinado as mortes; mulheres teriam assassinadas por denunciar o mentor do crime, que havia fugido do regime semiaberto
O quarto envolvido no crime da estudante de Direito Regina Bueno França, de 40 anos, e da cabeleireira Cláudia de Araújo Mugnaine, de 34, nega participação nos assassinatos, mas confessa ter visto a execução das vítimas, que foram degoladas. Segundo Weber Barreto, o Elbinho, ele teria sido ameaçado pelo mandante do crime, o presidiário Éder Castedo, o Corumbá. As mortes, segundo apurado até agora, foram determinadas de dentro da prisão.
As mulheres foram encontradas mortas, com as mãos amarradas e com corte profundo no pescoço, no dia 1º de dezembro deste ano, em uma residência localizada no bairo Tijuca I, em Campo Grande. A casa era de Cláudia. Segundo a investigação, as duas foram dominadas, asfixiadas e depois degoladas.
Preso pelo Polícia Civil de Goiás, Elbinho está na 6º Delegacia de Polícia, em Campo Grande, desde terça-feira (18).
De acordo com a versão dele, Claudia disse a Éder Rampagne Castedo, o Corumbá, que Weber mantinha um caso com Lorraine Rorys Silva, a Lola, de 27 anos, namorada de Corumbá. Desde então, Weber diz ter sido ameaçado e manipulado por Corumbá que sempre pedia para que cuidasse cada passo de Lorraine, dentre outros favores.
Ainda de acordo com o preso, o motivo que levou ao assassinato de Claudia teria sido o fato de ela ter denunciado Corumbá à polícia pela quebra do regime semiaberto. Já Regina, foi morta por ter afrontado Cristian no dia do crime.
Weber conta que sob ameaças foi forçado a participar do crime com Cristian Rampagne, irmão de Corumbá, e confesso na execução de Claudia. Elbinho assume que apenas viu as mulheres sendo assassinadas.
“Eu levei o Cristian para a casa de Lorraine, onde ficamos por algum tempo esperando se Claudia aparecia, mas como ele sabia o endereço dela resolvemos ir até lá. A vimos quatro quadras antes da sua casa, e no caminho ela encontrou Regina que a acompanhou. Enquanto Cristian desceu do carro eu fiquei a duas quadras de lá esperando um sinal dele quando finalizasse o crime”, disse o detido nesta manhã na delegacia..
Segue o relato de Weber: “depois de 10 minutos ouvi um assovio, pensando que ele tivesse terminado, entrei na casa e elas ainda estavam vivas. Regina xingou Cristian de bandido igual o irmão por várias vezes e ele se irritou. Acabou a amarrando e levando para um quarto. Eu apenas ouvi ela sendo morta. Depois, com as mãos cheias de sangue, ele [Cristian] saiu deu chutes na cabeça de Claudia, a puxou pelos cabelos e a levou para o outro quarto onde também foi assassinada”, relata Weber.
Segundo o delegado do 6º DP, Daniel Rodrigues, Cristian confessou ter assassinado Claudia. Já Regina teria sido morta por Weber, o que contradiz a versão do acusado. Ainda de acordo com o delegado as investigações continuarão baseadas nesta nova versão.
Além de Weber já foram presos Lorraine, Corumbá e Cristian. Todos estão com prisão temporária e após a conclusão do inquérito prevista para fevereiro, se comprovado as referidas participações, será solicitado em juízo conversão para a preventiva.
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